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Tratamento da alopecia areata em adolescentes avança

A alopecia areata é uma doença dermatológica autoimune caracterizada por perda de cabelo repentina, muitas vezes desfigurante. Um estudo realizado por investigadores da Faculdade de Medicina de Yale, nos Estados Unidos, permitiu concluir que o medicamento ritlecitinib que trata com eficácia esta doença de pele em adultos também é bem-sucedido no tratamento de pacientes adolescentes.

Tratamento da alopecia areata em adolescentes avança

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O novo medicamento estudado é um inibidor das Janus quinases (JAK) e foi desenvolvido pela Pfizer. No ano passado, a Food and Drug Administration aprovou o uso do inibidor de JAK baricitinib para tratar a alopecia areata grave, mas apenas em adultos. Este estudo é um grande avanço no tratamento da alopecia areata porque o ensaio clínico, além de adultos, envolveu adolescentes.

Uma vez que a alopecia areata afeta frequentemente crianças e adolescentes, é inovador o avanço de um medicamento que revela segurança e eficácia no tratamento dos pacientes mais jovens.

O estudo randomizado, duplo-cego, multicêntrico, de fase 3, acompanhou 718 pacientes – incluindo mais de 100 pacientes adolescentes – em 118 hospitais e clínicas em 18 países. Todos os participantes, independentemente da idade, tinham pelo menos 50% de queda de cabelo no couro cabeludo devido à alopecia areata. Estes foram aleatoriamente selecionados para tomar ritlecitinib oral ou um placebo uma vez, diariamente, durante 24 semanas.

Após este período de tempo a tomar o ritlecitinib, muitos pacientes apresentaram crescimento completo ou quase completo do cabelo no couro cabeludo. Com o uso continuado do medicamento durante mais 24 semanas, mais pacientes obtiveram crescimento capilar. Ao longo do estudo, publicado na revista The Lancet, a medicação foi bem tolerada pelos participantes.

Segundo o Dr. Brett King, primeiro autor da investigação, os resultados foram consistentes entre todas as faixas etárias, incluindo entre os pacientes mais jovens. Isto é de extrema importância pois, além dos adultos, esta doença causa um enorme sofrimento às crianças.

O especialista cita o caso de uma jovem com alopecia areata grave que recentemente se suicidou por estar a ser perseguida na escola. É para que este tipo de casos não se repita que é importante o avanço de medicamentos que possam reverter a doença – e este estudo ao ritlecitinib é um grande passo nessa direção.
Atualmente está em curso um estudo de longo prazo com o ritlecitinib para tratar a alopecia areata.

Fonte: Tupam Editores

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