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Alopecia: cabelo voltou a crescer com metotrexato + prednisona

Em pacientes com alopecia areata total (AT) ou universal (AU) recalcitrante, o metotrexato combinado com prednisona produz o crescimento completo do cabelo em cerca de 31% das pessoas, de acordo com um estudo realizado por investigadores do Hospital Universitário de Rouen, na França.

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Durante a investigação, publicada online no Jama Dermatology, os especialistas avaliaram a eficácia e tolerância do metotrexato isolado ou combinado com prednisona em dose baixa em pacientes com AT e AU crónica e recalcitrante.

O ensaio clínico randomizado, multicêntrico, académico, duplo-cego incluiu 89 pacientes adultos (50 mulheres, 39 homens) com AT ou AU com evolução há mais de seis meses, apesar dos tratamentos tópicos e sistémicos. A análise dos dados foi realizada no período de outubro de 2018 a junho de 2019.

Os pacientes foram aleatoriamente selecionados para receber metotrexato (25 mg/semana) ou um placebo durante seis meses. Os pacientes com crescimento capilar maior que 25% no mês seis continuaram o tratamento até ao mês 12, enquanto aqueles com menos de 25% de crescimento capilar foram aleatoriamente designados para receber metotrexato mais prednisona ou metotrexato com um placebo de prednisona.

Os investigadores descobriram que o crescimento completo ou quase completo do cabelo ocorreu no mês 12 em um e zero pacientes que receberam metotrexato sozinho ou placebo, respetivamente, e em 20,0% dos 35 pacientes que receberam metotrexato (durante seis ou 12 meses) mais prednisona, incluindo 31,2% de 16 pacientes que receberam metotrexato durante 12 meses mais prednisona durante seis meses.

Observou-se uma melhora maior na qualidade de vida nos pacientes que atingiram uma resposta completa em comparação com os pacientes que não responderam. Importa referir que dois pacientes do grupo metotrexato interromperam o estudo devido à fadiga e náuseas, que foram observadas em 7 (6,9%) e 14 (13,7%) pacientes que receberam metotrexato, respetivamente. Não se registou nenhum efeito adverso grave do tratamento.

Segundo Pascal Joly, um dos especialistas envolvido, a combinação de metotrexato e prednisona em baixa dose pode ser considerada uma opção terapêutica em pacientes com tipos recalcitrantes de AT ou AU, mesmo após o fracasso do tratamento sistémico anterior.

Fonte: Tupam Editores

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