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Saúde ocular no inverno: conheça as doenças mais comuns

Engana-se quem pensa que o inverno traz apenas uma série de diferentes problemas respiratórios. Na estação mais fria do ano algumas doenças oculares triplicam – os sintomas incluem olhos vermelhos, queixas oculares de comichão, ardor ou sensação de corpo estranho.

Saúde ocular no inverno: conheça as doenças mais comuns

DOENÇAS E TRATAMENTOS

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As principais doenças que atingem os olhos nesta altura são a conjuntivite viral, a síndrome do olho seco, e a alergia. Conheça os seus sintomas e os conselhos para as prevenir.

No que diz respeito à conjuntivite, no frio, a maior proliferação de vírus no ar faz com que as aglomerações em ambientes fechados representem um risco maior para a saúde dos olhos. Isso porque favorece a transmissão da conjuntivite viral.

Esta conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a face interna das pálpebras e a esclera, parte branca do olho. Pode acontecer em qualquer idade e tem como principal meio de transmissão as mãos, a partilha de equipamentos eletrónicos e objetos pessoais. Os principais grupos de risco são os idosos, que têm um sistema imunológico mais frágil, e as crianças, por terem a imunidade ainda em desenvolvimento.

Os sintomas não deixam margem para dúvidas: pálpebras inchadas, olhos vermelhos, comichão, ardor, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, secreção transparente e fotofobia (reação à luz). A prevenção da condição passa pela lavagem das mãos com frequência, evitar locais mal arejados, não levar as mãos aos olhos, nem partilhar colírios, maquilhagem ou toalhas.

O olho seco – doença que afeta entre 7,4% e 33,4% da população – ocorre quando o fluido lacrimal é insuficiente ou a sua composição se altera, limitando a qualidade de vida e afetando a realização de algumas tarefas do quotidiano. Comichão nos olhos, hiperémia conjuntival, visão turva que melhora com o pestanejar, fotofobia e desconforto após ver TV, ler ou usar o computador são as queixas mais frequentes.

Para prevenir o olho seco deve evitar ambientes climatizados sempre que possível; piscar voluntariamente quando estiver a utilizar o computador e outras tecnologias; proteger os olhos do vento, poeiras, fumos e cosméticos; incluir nas refeições alimentos ricos em vitamina A, vitamina C e ómega-3.

As alergias, de acordo com as diferentes sociedades no mundo de Alergia e Imunopatologia, atingem cerca de 30% da população a nível mundial. A previsão da OMS é de que, até 2050, metade da população tenha algum tipo de reação alérgica.

Estudos indicam que seis em cada 10 alérgicos manifestam a doença nos olhos. Isto porque, no frio, a diminuição da lágrima faz o sistema imunológico do alérgico entender que é necessário produzir mais anticorpos para proteger os olhos das agressões externas. Com isso, surge a conjuntivite alérgica.

O uso de colírios lubrificantes ajuda na manutenção de uma boa camada de lágrima protegendo e oxigenando a superfície ocular. É muito importante que o indivíduo mantenha o rosto sempre higienizado e evite tocar as pálpebras com as mãos, pois esta ação pode espalhar o prurido para outras partes do rosto.

Siga estas orientações, mas mantenha-se atento! No caso de sintomas insistentes e que apresentem fortes incómodos, procure auxílio de um médico especialista para uma investigação da causa e, se necessário, o tratamento mais adequado.

Fonte: Tupam Editores

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