DIABETES

Estudo revela que as batatas não aumentam risco de DT2

Cozidas ou fritas, esmagadas ou em pedaços, as batatas são um dos vegetais mais versáteis que a humanidade já conheceu, contudo, a sociedade tende a menosprezar o tubérculo amiláceo e a associá-lo a algo pouco saudável, considerando-o mesmo um “inimigo” da dieta.

Estudo revela que as batatas não aumentam risco de DT2

DOENÇAS E TRATAMENTOS

A DIABETES, FANTASMA DA SOCIEDADE OCIDENTAL


Investigações anteriores haviam indicado que as batatas aumentam a probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 (DT2) em humanos, mas o seu impacto na doença pode estar exagerado.

Segundo um novo estudo realizado por investigadores da Universidade Edith Cowan (ECU), os problemas de saúde associados à ingestão de batatas podem, na verdade, dever-se à forma como os consumidores as preparam e ao que consomem com elas.

A investigação, publicada na revista científica Diabetes Care, analisou os dados de 54 mil dinamarqueses e permitiu concluir que as pessoas que consumiam mais vegetais tinham 21% menos probabilidade de desenvolver DT2 do que aquelas que consumiam menor quantidade.
Constatou-se ainda que entre as pessoas que não consumiam batatas regularmente, o risco de DT2 era maior em 9%. Os investigadores justificam este fenómeno dizendo que, no geral, quem come mais batatas cozidas também consome mais vegetais.

Pratik Pokharel, um dos autores do estudo, refere que quando se separam as batatas cozidas do puré de batata, das batatas fritas ou dos salgadinhos, as batatas cozidas deixam de estar associadas a um maior risco de diabetes, passando a ter um efeito nulo.

Para o especialista os padrões alimentares subjacentes são cruciais e as pessoas que consumiam mais batatas também consumiam mais manteiga, carne vermelha e refrigerantes – alimentos associados à DT2. Assim, a batata cozida dificilmente estará relacionada à diabetes, e são as batatas fritas e o puré de batata (feito com manteiga e outros cremes) que poderá estar associado a problemas de saúde.

O estudo também sugeriu que os vegetais podem ter um papel chave na redução de DT2, já que as pessoas que incorporaram muitas folhas verdes e vegetais crucíferos como espinafres, alface, brócolos e couve-flor tinham uma probabilidade significativamente menor de desenvolver a doença.

De acordo com Pokharel, a relação entre vegetais e diabetes deve ser incorporada nas diretrizes dietéticas públicas – assim como os benefícios de consumir batatas. A descoberta de que os vegetais reduzem o risco de diabetes é crucial para as recomendações de saúde pública e não deve ser ignorada.
Em relação às batatas, não se pode dizer que tenham benefícios em termos de DT2, mas também não são prejudiciais se preparadas de forma saudável.

Fonte: Tupam Editores

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