Isto indica que essa luz especial, proveniente de lâmpadas instaladas no teto, pode ser uma tecnologia passiva altamente eficaz para reduzir a transmissão de pessoa para pessoa de doenças transmitidas pelo ar, como a Covid e a gripe, e diminuir o risco de uma próxima pandemia.

As luzes testadas emitem luz no espetro UVC-distante, com comprimentos de onda na faixa dos 200 nanómetros.
Na última década, muitos estudos em todo o mundo mostraram que a luz UVC-distante é eficiente na destruição de bactérias e vírus transportados pelo ar e segura para uso junto a pessoas. Mas até agora esses estudos haviam sido conduzidos apenas em pequenas câmaras experimentais, não em salas de tamanho normal que imitavam as condições do mundo real.

Durante a investigação, realizada por cientistas da Universidade de Columbia, nos EUA, um pulverizador emitiu continuamente uma névoa aerossol contendo a bactéria S. aureus numa sala. Esta bactéria foi escolhida por ser menos sensível à luz UCV-distante do que os coronavírus.

Quando a concentração de micróbios na sala estabilizou, os cientistas ligaram as lâmpadas UVC-distante, adquiridas no comércio.
Numa intensidade baseada no limite de exposição à luz UVC distante regulado pela American Conference of Governmental Industrial Hygienists, as lâmpadas inativaram mais de 98% das bactérias transportadas pelo ar em apenas cinco minutos. O reduzido nível de micróbios viáveis foi mantido ao longo do tempo, embora os micróbios continuassem a ser pulverizados na sala.

Segundo o professor David Brenner, da Universidade de Columbia, a luz UVC-distante reduz rapidamente a quantidade de micróbios no ar interno para quase zero, tornando esse ar tão seguro como o ar externo.
Realça ainda que a luz UVC-distante é simples de instalar, é barata e, acima de tudo, é uma maneira segura de evitar a transmissão de qualquer vírus, incluindo o novo coronavírus e as suas variantes, assim como a gripe e ainda quaisquer vírus pandémicos futuros.