ALZHEIMER

Demência: teste cognitivo pela internet prevê primeiros sinais

Com tantas atividades do nosso dia-a-dia é comum esquecer onde guardou um determinado objeto, deixar passar a hora da medicação, e até sair para comprar especificamente um produto e voltar sem ele. Com o envelhecimento, a partir dos 40 a 50 anos, memorizar torna-se um processo mais lento.

Demência: teste cognitivo pela internet prevê primeiros sinais

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Este tipo de esquecimentos é comum a muitas pessoas, mas por vezes é difícil dizer se é parte do normal processo de envelhecimento ou um sinal de algo mais sério. Numa tentativa de reduzir estas dúvidas, o Professor Douglas Scharre e os seus colegas da Universidade do Ohio, nos EUA, desenvolveram um teste simples e autoaplicável que consegue identificar os primeiros sinais subtis de demência mais cedo do que o teste cognitivo padrão normalmente usado nos consultórios médicos.

O teste, denominado SAGE (a sigla em inglês para Exame Gerocognitivo Autoadministrado) pode permitir a deteção precoce da doença o que vai ajudar nos tratamentos – ainda que não existam terapias comprovadamente eficazes contra o Alzheimer, por exemplo, novas terapêuticas para a demência estão continuamente a ser desenvolvidas.

Segundo o Professor Scharre, os médicos de cínica geral, nas suas consultas de rotina, podem não reconhecer défices cognitivos subtis nos pacientes.
Embora este teste não ofereça um diagnostico definitivo de doenças como o Alzheimer, permite que os profissionais de saúde obtenham uma linha base de funcionamento cognitivo dos seus pacientes, e a repetição do teste ao longo do tempo vai permitir o acompanhamento das habilidades de memória e de pensamento ao longo do tempo.

O teste está disponível gratuitamente na internet - por enquanto apenas no idioma inglês -, demora cerca de 10 a 15 minutos a ser concluído, e pode ser feito em qualquer lugar sempre que existam preocupações cognitivas.

Foram projetados quatro questionários intercambiáveis para reduzir os efeitos da aprendizagem normal resultante da execução recorrente do mesmo teste ao longo do tempo. Os domínios cognitivos testados incluem orientação, linguagem, cálculos, memória, abstração, função executiva e habilidades de construção.

O Professor Scharre salienta que se uma pessoa fizer o teste a cada seis meses e a se a sua pontuação cair dois ou três pontos em um ano e meio, está-se perante uma diferença significativa. Estes dados vão permitir ao médico identificar as causas da perda cognitiva e tomar decisões de tratamento para o seu paciente precocemente.

Fonte: Tupam Editores

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