Um novo estudo constatou que ouvir 30 minutos de música por dia aliviou a dor no peito e a ansiedade em pessoas que tiveram recentemente um enfarte agudo do miocárdio.
Numa tentativa de alertar a sociedade portuguesa para a gravidade desta doença, a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) tem vindo a dedicar o mês de Maio ao coração.
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O estudo incluiu 350 pessoas com hipertensão arterial que sofreram um enfarte do miocárdio e episódios de dor no peito nos dois dias seguintes.
Metade das pessoas foram aleatoriamente designadas para o tratamento padrão pós-ataque cardíaco. A outra metade recebeu tratamento padrão e também foi convidada a participar de sessões diárias de música.
Antes do início das sessões, os cientistas testaram voluntários para ver que tipo de música levou a mudanças positivas no organismo. Os investigadores ouviram nove amostras de 30 segundos de música que acharam reconfortantes.
Durante esse período, os autores mediram o quanto as pupilas nos olhos se estreitaram ou dilataram. Isso indicava como a música afetava as respostas involuntárias do corpo. Os cientistas então selecionaram o melhor tom e ritmo da música para os voluntários ouvirem.
Os participantes foram convidados a reservar 30 minutos por dia para sentar - idealmente com os olhos fechados - e ouvir a música selecionada. Eles fizeram isso por sete anos. Todos receberam avaliações de acompanhamento a cada três meses durante o primeiro ano e depois anualmente.
Após sete anos, as pessoas no grupo de musicoterapia tiveram maior redução na ansiedade, sensação de dor e angústia relacionada com a dor. Em média, a ansiedade foi cerca de um terço menor entre eles e os sintomas de dor no peito foram reduzidos em cerca de um quarto, mostraram os resultados.
O estudo foi apresentado numa reunião on-line do American College of Cardiology e Congresso Mundial de Cardiologia, que ocorreu de 28 a 30 de março de 2020.
