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Bebidas energéticas elevam risco de paragem cardíaca súbita e fatal

A ingestão regular de bebidas energéticas pode aumentar significativamente a incidência de problemas cardíacos, inclusive de paragens cardíacas súbitas e fatais, alerta um novo estudo.

Bebidas energéticas elevam risco de paragem cardíaca súbita e fatal

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A pesquisa norte-americana concluiu que beber duas latas da bebidas energéticas Monster ou quatro latas de Red Bull é o suficiente para aumentar exponencialmente o risco de desenvolver arritmia cardíaca e consequentemente sofrer uma paragem coronária súbita e mortal.

Certos tipos de arritmia – batimento anormal ou irregular do coração – podem causar morte súbita, que, em média, mata mais de 100 mil pessoas por ano em cada país europeu.

O novo estudo, publicado no Journal of the American Heart Association, analisou o impacto das bebidas energéticas no funcionamento do coração, tendo como base uma amostra de 34 adultos saudáveis, de idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos.

Os investigadores distribuíram aleatoriamente entre os participantes 900 ml de uma das duas bebidas com cafeína ou um placebo, em três experiências separadas.

As bebidas foram ingeridas num período temporal de 60 minutos – mas não mais de uma lata de 450 ml em meia hora. Ambas as bebidas energéticas testadas continham entre 304 e 320mg de cafeína por 900ml.

De seguida, os investigadores mediram a atividade elétrica dos corações dos participantes através da realização de eletrocardiogramas, aparelhos que registam o batimento cardíaco, assim como a pressão arterial.

Os dados foram recolhidos no começo de cada experiência e a cada 30 minutos durante quatro horas, após o consumo das bebidas.

Os cientistas concluíram que o ritmo cardíaco dos participantes que tinham consumido qualquer uma das marcas tinha sido afetado de algum modo.

Os investigadores utilizaram como medida a ferramenta denominada de intervalo QT, que monitoriza o tempo que os ventrículos no coração demoram novamente a regenerar.

Se esse intervalo é demasiado curto ou excessivamente longo, poderá causar o batimento irregular e anormal do coração, o que pode ser fatal, alertam os académicos.

Os resultados revelaram que os intervalos QT dos participantes eram seis milissegundos ou 7,7 milissegundos mais elevados quatro horas depois, comparativamente aos voluntários que receberam um placebo.


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