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Aspirina reduz risco de novo AVC hemorrágico e problemas cardio

Doentes que tenham sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico podem beneficiar da toma de aspirina uma vez que esta previne novos eventos e outros problemas cardiovasculares, concluiu um estudo recente publicado na revista científica The Lancet.

Aspirina reduz risco de novo AVC hemorrágico e problemas cardio

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O facto de a aspirina ajudar a diluir o sangue levou a que os especialistas receassem que os seus pacientes utilizassem este fármaco pelo facto de acreditarem que podia agravar ou potenciar as hemorragias. No entanto, uma nova investigação vem sugerir que, para além de não aumentar o risco de hemorragia, a aspirina pode preveni-la.

Os investigadores envolvidos nesta pesquisa ressalvam que este novo dado precisa de ser validado através de mais estudos, pelo que aconselham os doentes a seguir sempre as recomendações do seu médico assistente, em vez de se automedicarem.

A aspirina é conhecida por ser um analgésico eficaz, sendo também utilizada para ajudar a combater a febre. No entanto, a aspirina de 75 mg é, frequentemente, usada para tornar o sangue mais fluído, prevenindo o risco de enfarte e AVC. No entanto, este fármaco pode levar que a que o paciente sofra hemorragias mais facilmente, pelo que a sua toma não é recomendada a todos.

Por outro lado, está associada a indigestão e, mais raramente, pode conduzir ao desenvolvimento de úlceras gástricas.

Nas crianças, pode conduzir ao desenvolvimento de uma doença rara conhecida por Síndrome de Reye e que pode provocar lesões irreversíveis no fígado e cérebro.

A investigação que permitiu concluir que a aspirina pode ajudar a prevenir o AVC hemorrágico envolveu cerca de 550 pessoas no Reino Unido que sofreram uma hemorragia cerebral enquanto tomavam medicamentos antiplaquetários usados para evitar a ativação e agregação das plaquetas para prevenir trombose em pacientes de risco, como a aspirina, dipiridamol ou clopidogrel.
Metade dos pacientes foram escolhidos aleatoriamente para continuar a medicação (após uma pequena pausa imediatamente após o sangramento no cérebro), enquanto a outra metade foi orientada a parar.

Durante os cinco anos do estudo, 12 daqueles que continuaram a tomar a medicação não sofreram uma hemorragia cerebral, em comparação com 23 daqueles que pararam.

O trabalho foi apresentado na Conferência da European Stroke Organization, em Milão, Itália.

De acordo com os autores deste estudo, a pesquisa não pode provar que a aspirina previne AVC futuros, mas parece estar ligada a um risco menor. Tão pouco sugere que a aspirina seja sempre segura. Mas sugere que mais pacientes - aqueles com hemorragia ou derrames cerebrais - podem beneficiar-se do tratamento diário.

Fonte: BBC

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