Chá verde e da cenoura revertem sintomas de Alzheimer em animais
Uma dieta contendo compostos encontrados no chá verde e nas cenouras reverteu os sintomas semelhantes aos da doença de Alzheimer em animais geneticamente modificados para desenvolver a doença.
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É importante enfatizar que o estudo, publicado no Journal of Biological Chemistry, foi feito em ratinhos, e muitas descobertas em animais de laboratório nunca se traduzem em tratamentos para os humanos.
No entanto, as descobertas dão credibilidade à ideia de que certos suplementos à base de plantas prontamente disponíveis podem oferecer proteção contra a demência.
Além disso, os testes dão suporte à ideia de que uma combinação de terapias, em vez de uma única, pode oferecer uma melhor abordagem para tratar os milhões de pessoas que vivem com a doença de Alzheimer. O tratamento combinado já é o padrão de tratamento para doenças como cancro, infeção pelo VIH e artrite reumatoide.
O investigador Terrence Town, professor de fisiologia e neurociência da Universidade Sudeste da Califórnia, nos Estados Unidos, e os seus colegas analisaram dois compostos: o EGCG (epigalocatequina-3-galato), um ingrediente chave no chá verde, e o ácido ferúlico (AF), que é encontrado em cenouras, tomates, arroz, trigo e aveia.
Os investigadores distribuíram aleatoriamente 32 ratinhos com sintomas de Alzheimer a um de quatro grupos com um número igual de machos e fêmeas. Antes e depois da dieta especial de três meses, os animais passaram por uma bateria de testes neuropsicológicos que são aproximadamente análogos aos testes de pensamento e memória que avaliam a demência em humanos.
De particular interesse era um labirinto em forma de um Y, que testa a memória espacial de trabalho - uma habilidade que os humanos usam para sair de um prédio, por exemplo.
“Depois de três meses, o tratamento combinado restaurou completamente a memória de trabalho e os roedores com Alzheimer foram tão bem sucedidos quanto os ratinhos saudáveis do grupo controlo”, destacou Town.
Um dos mecanismos que parece explicar um resultado tão animador é a capacidade das duas substâncias (EGCG e ácido ferúlico) de impedir que as proteínas precursoras das proteínas amiloide se dividam em proteínas menores, chamadas de beta-amiloides, que aparecem no cérebro de pacientes com Alzheimer.
Além disso, os compostos parecem reduzir a neuroinflamação e o stress oxidativo no cérebro, aspetos-chave da patologia de Alzheimer em humanos.