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Adoçantes de baixas calorias são seguros e apresentam benefícios

Evidências mais recentes não revelaram efeito adverso na sensibilidade à insulina ou na saúde geral dos adoçantes sem ou de baixas calorias, nas quantidades usadas em alimentos e bebidas.

Adoçantes de baixas calorias são seguros e apresentam benefícios

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Usados de forma segura há mais de um século pelos consumidores em todo o mundo para manter o sabor doce dos alimentos sem adição de energia a partir de açúcares, os adoçantes sem ou de baixas calorias “foram cuidadosamente revistos e aprovados periodicamente, com a consequente aprovação pelas agências de saúde reguladoras em todo o mundo, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a agência Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA) e a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA)”, explica Susana Socolovsky, presidente da Associação Argentina dos Profissionais de Tecnologia e Segurança Alimentar (AATA).

Por esta razão, “graças ao rigoroso quadro regulamentar e requisitos toxicológicos existentes no mundo inteiro, pode ser confirmado que os adoçantes sem ou de baixas calorias são aditivos alimentares seguros na população em geral”, conclui a especialista, com doutoramento em química pela Universidade de Buenos Aires, responsável por liderar o debate sobre a segurança destes aditivos, realizado no âmbito do XVIII Congresso Latino‑Americano de Nutrição (SLAN) 2018, que decorre entre os dias 11 e 15 de novembro, no México.

“A segurança dos adoçantes de baixas ou sem calorias é um assunto de interesse contínuo entre a população”, refere Aranceta‑Bartrina, presidente do Comité Científico da Sociedade Espanhola de Nutrição Comunitária (SENC), responsável pela organização da mesa temática centrada no “Interesse dos adoçantes sem ou de baixas calorias na redução do consumo de açúcar”, juntamente com o Grupo Latino-americano de Nutrição Comunitária (GLANC).

Ángel Gil Hernández, professor de Bioquímica e Biologia Molecular na Universidade de Granada e Presidente da Fundação Ibero-Americana de Nutrição (FINUT), participou na discussão mostrando os resultados de uma investigação recente sobre as evidências disponíveis, em que analisou a relação existente entre os adoçantes sem ou de baixas calorias e a microbiota.

Após a seleção de 133 artigos, Gil Hernández observa que “os adoçantes sem ou de baixas calorias, nas quantidades usadas para adoçar alimentos e bebidas, não causariam mudanças significativas na microbiota”.

Por outro lado, tendo em conta o tipo de adoçante analisado, “vale a pena destacar que os adoçantes do tipo poliol (como isomaltose, maltitol, lactitol ou xilitol) comportam-se como prebióticos, já que observamos um aumento no número de bifidobactérias em animais e em humanos”, conclui.

Os adoçantes sem ou de baixas calorias podem melhorar o controlo glicémico no lugar do açúcar e, em programas de controlo de peso, também podem favorecer a redução da ingestão total de energia e perda de peso, como comentou Lluis Serra-Majem, professor catedrático de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria e presidente da Fundação para a Investigação Nutricional (FIN).

É isso mesmo que conclui o “Consenso Ibero-Americano sobre adoçantes sem ou de baixas calorias”, que reuniu mais de 60 especialistas internacionais e que foi recentemente publicado na revista internacional Nutrients.

O objetivo deste documento, que analisa as evidências em relação ao papel dos adoçantes sem ou de baixas calorias na alimentação, a sua segurança e inocuidade, a sua regulação e os aspetos nutricionais e dietéticos do seu uso em alimentos e bebidas, é “fornecer informações úteis com base em evidências científicas para contribuir para a redução do consumo de açúcares adicionados em alimentos e bebidas, em consonância com as recomendações propostas pelas autoridades internacionais de saúde pública”, diz Serra-Majem.

O XVIII Congresso Latino-Americano de Nutrição (SLAN) 2018, que decorre na cidade de Guadalajara, Jalisco, México, até esta quinta-feira, 15 de novembro de 2018, sob o lema “Alimentação Saudável para um Planeta Sustentável”, foi organizado pela Sociedade Latino-Americana de Nutrição (SLAN).

O Congresso contou com a colaboração de outras instituições como a UNICEF, o Instituto Nacional de Saúde Pública do México, o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CONACYT), a Universidade de Guadalajara, a Associação Jalisco de Nutricionistas, A.C. (AJANUT), a Universidade Jesuíta de Guadalajara, o Tecnológico de Monterrey e a União Internacional de Ciências da Nutrição (IUNS).

Fonte: press release

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