ENXAQUECA

Cientistas descobrem possível cura para enxaqueca

Uma equipa internacional de cientistas identificou a atividade elétrica específica associada ao início da enxaqueca e demonstrou uma forma de a interromper em testes com animais.

Cientistas descobrem possível cura para enxaqueca

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"Descobrimos que a despolarização disseminada, também chamada de depressão alastrante, observada nas enxaquecas, é um fenómeno biofísico fundamental e que pode ser travado através do uso de corrente elétrica. Estranhamente, deve-se aplicar a direção oposta da corrente elétrica usada para desativar as convulsões", explicou o Steven Schiff, da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Depois de modelar computacionalmente a biofísica da disseminação da despolarização, os cientistas desenvolveram uma técnica que permite a modulação, a supressão e a prevenção da despolarização disseminada no cérebro de animais de laboratório.

A aplicação de uma polarização como essa pode ser feita com segurança no cérebro humano, e essa estratégia poderá ser testada em ensaios clínicos com pessoas num futuro próximo. No entanto, a enxaqueca completa experimentada pelos pacientes torna-se mais complicada após a aura inicial.

Assim, a equipa não curou as enxaquecas, mas está mais próxima de entender o mecanismo no cérebro que causa o início da condição, ou auras, e as dores de cabeça incapacitantes.

"Queremos ser capazes de `consertar´ o cérebro para que ele não seja suscetível a enxaquecas ou convulsões e não ter que controlar a enxaqueca ou a disseminação da depressão [alastrante] depois desta começar. Por enquanto, esse é um resultado fundamental que nos aproxima de sermos capazes de intervir de maneira importante para essa condição", concluiu disse o cientista Bruce Gluckman.


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