OSTEOPATIA

Mulheres ansiosas devem estar atentas à saúde óssea

Uma nova pesquisa sugere que a ansiedade pode aumentar o risco de fraturas ósseas, principalmente em mulheres.

Mulheres ansiosas devem estar atentas à saúde óssea

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Com base numa análise que envolveu quase 200 mulheres italianas na pós-menopausa, a descoberta baseia-se em pesquisas anteriores que associaram a ansiedade a um maior risco de doenças cardíacas e problemas gastrointestinais.

"Os nossos resultados são surpreendentes porque uma associação entre níveis de ansiedade e saúde óssea não foi relatada antes", disseram os autores, embora o estudo não tenha provado que a ansiedade tenha aumentado o risco de fraturas.

Os investigadores do Hospital Universitário de Messina, em Itália, acreditam que as mulheres ansiosas são mais propensas a envolverem-se em maus comportamentos de saúde, como fumar ou uma dieta pobre. Além disso, os efeitos negativos das hormonas do stress no estado ósseo podem ser considerados propulsores do risco de fraturas.

O estudo verificou que a osteoporose é a doença óssea metabólica mais comum no mundo. Estima-se que 33 por cento das mulheres e 20 por cento dos homens sofrerão de uma fratura relacionada à osteoporose em algum momento das suas vidas. A equipa de pesquisa também observou que 7 por cento da população mundial sofre de transtornos de ansiedade.

Para perceberem como as duas questões se podem cruzar, os investigadores concentraram-se em pacientes que frequentaram uma clínica italiana de osteoporose em 2017.

Em média, os participantes tinham quase 68 anos de idade. Todos foram submetidos a exames de saúde em profundidade para avaliar, entre outras coisas, histórico prévio de fraturas, diagnósticos de artrite, saúde do coração e pulmão e hábitos de fumar e álcool. Exames de densidade mineral óssea também foram realizados.

Uma ampla gama de preocupações com a saúde mental também foi explorada, incluindo os níveis de depressão, tensão, insónia, memória e ansiedade, variando de moderados a graves.

Os investigadores determinaram que as mulheres que tinham mais ansiedade enfrentavam um risco de fratura visivelmente maior, em comparação com as mulheres com o menor grau de ansiedade. Uma maior ansiedade foi associada a um risco 4 por cento maior de uma fratura maior ao longo de um período de dez anos, e um risco três por cento maior de fratura de quadril no mesmo período de tempo.

O estudo, publicado na Menopause, deve encorajar, segundo os autores, os médicos a explorarem os níveis de ansiedade entre as mulheres mais velhas ao avaliar o risco de fratura.

Para as mulheres particularmente preocupadas com a ansiedade, os investigadores sugerem que elas façam sessões de terapia cognitiva ou ioga, entre outros.


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