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Doentes com pulseira amarela deveriam passar por triagem adicional

Os doentes com pulseira amarela nas urgências deveriam passar por uma triagem clínica adicional quando houver atrasos ou entupimentos nos serviços, defende a Ordem dos Médicos.

Doentes com pulseira amarela deveriam passar por triagem adicional

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"Existem tempos de espera para doentes amarelos que são muito elevados. Este grupo de doentes não é todo igual. Tenho a certeza de que uma triagem clínica dos doentes poderia ajudar a distinguir os doentes de facto urgente dos menos urgentes", afirmou o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.

O responsável considera que estas adaptações à atual triagem feita nas urgências podiam ser aplicadas, com flexibilidade, no caso de haver atrasos no cumprimento dos tempos de resposta a estes doentes ou quando as urgências estejam especialmente concorridas.

Atualmente, a triagem de Manchester é realizada nas urgências geralmente por enfermeiros, que se baseia num fluxograma que dá ao profissional uma prioridade clínica baseada na identificação dos problemas do doente.

O bastonário entende que nas urgências está, atualmente, a ultrapassar-se de forma constante os tempos definidos para a prioridade dos doentes.

No caso dos doentes vermelhos, considerados emergentes, não deve haver qualquer tempo de espera. No caso dos doentes com pulseira laranja, que são muito urgentes, o tempo entre a triagem e a observação médica deve ser até dez minutos e no caso dos amarelos deve ser no máximo uma hora.

Miguel Guimarães disse que "a triagem de Manchester tem erros, o que pode ser potencialmente grave para os doentes. Se um hospital está numa situação em que temos ‘X’ doentes amarelos e o tempo de espera chega a duas, quatro ou cinco horas, é importante que seja feita uma triagem clínica. Porque pode permitir distinguir um doente mais urgente de um menos urgente".

A triagem de Manchester "tem de estar mais adaptada" ao perfil atual dos doentes que recorrem aos serviços de saúde, que difere do de há alguns anos. É uma população mais envelhecida e com mais doenças crónicas. Nalguns casos, são pessoas que chegam a ir a uma urgência 15 ou 20 vezes num ano, referiu ainda.

O responsável considera que esta é uma das propostas que deve ser avaliada no conjunto das sugestões que já fez ao Ministério da Saúde sobre a reforma do serviço de urgência.

Fonte: Lusa

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