Os índices de lesões entre atletas jovens de elite podem ser maiores do que o relatado, sugerem novos dados.

Segundo os investigadores, a maioria dos estudos define lesão como perda de tempo de participação, enquanto muitos atletas com lesões por uso excessivo continuam a participar apesar da dor e desempenho reduzido.

Quando as definições de perda de tempo são usadas, cerca de 90 por cento das lesões por uso excessivo parecem ser perdidas.

A Universidade de Amesterdão, na Holanda, estudou 60 mulheres jovens que competiam a nível nacional ou internacional em futebol, basquete ou ginástica. A idade média das participantes era de 17 anos.

A cada duas semanas, durante a temporada 2014-2015, as atletas preencheram questionários de temas sobre problemas de saúde, incluindo não apenas novas lesões, mas também lesões por uso excessivo, que ocorrem ao longo do tempo como resultado de stresses repetidos nos tecidos, ossos e articulações.

Em geral, em qualquer momento durante o estudo, 48 por cento das atletas relataram lesões; e, a cada duas semanas, cerca de 61 por cento das atletas relatavam algum tipo de problema de saúde, lesão ou doença.

As taxas de lesões foram semelhantes em todos os três desportos, mas quando se tratava de lesões "substanciais", as jogadoras de futebol e de basquete estavam em maior risco, com taxas de aproximadamente 28 por cento em cada grupo, em comparação com as ginastas, cuja taxa de lesões substanciais era de 16 por cento.

De acordo com os investigadores, é crucial que as atletas estejam devidamente preparadas para as exigências do desporto, o que envolve certificarem-se que têm força e flexibilidade adequadas para se certificarem que têm padrões de movimento.