As preocupações com os filhos contribuíram significativamente para o sofrimento psicológico de mães com cancro em estadio avançado, de acordo com um estudo realizado pela Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. 

O cancro é a principal causa de morte específica por doença para mulheres em idade parental nos Estados Unidos e mulheres com cancro incurável que têm filhos podem ter taxas aumentadas de depressão e ansiedade.

Para entender melhor como as preocupações podem estar relacionadas com a qualidade de vida deste grupo, os especialistas entrevistaram 224 mães com cancro avançado e descobriram que as preocupações parentais estavam significativamente associadas à baixa qualidade de vida, quase tanto quanto o declínio no funcionamento físico quotidiano.

Os resultados, publicados na revista Cancer, apontam para uma necessidade de maior apoio para as mães com cancro avançado, dizem os investigadores.

"Entre as mulheres com cancro metastático, a qualidade de vida relacionada com a saúde está fortemente interligada com as suas preocupações sobre o impacto da sua doença nos seus filhos menores”, continuaram.

Os especialistas determinaram que o bem-estar emocional de uma mãe estava significativamente relacionado com o facto de ela ter comunicado com os seus filhos sobre a sua doença e as suas preocupações sobre como a sua doença os afetaria financeiramente.

Atualmente, os investigadores estão a trabalhar para “desenvolver intervenções para os pais com cancro avançado, ou outra doença grave, para ajudá-los, e às suas famílias, a se adaptarem às mudanças que ocorrem com o diagnóstico".