Especialistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, examinaram registos clínicos e exames cerebrais de ressonância magnética de pacientes que haviam sido diagnosticados com apneia do sono e descobriram várias conexões aparentes entre o desbaste do córtex cerebral e os sintomas da apneia cerebral.

Os investigadores também puderam discernir mudanças distintas nas estruturas cerebrais e sintomas concorrentes que diferiam entre homens e mulheres.

Por exemplo, mais regiões do lóbulo frontal superior foram mais finas em mulheres com apneia do que em homens ou grupos de controlo, o que pode explicar os deficits cognitivos aprimorados entre as mulheres com o transtorno.

Nenhum paciente com apneia do sono apresentou qualquer espessamento do córtex cerebral. Além disso, o desbaste cortical global pode levar a uma regulação prejudicada do sistema nervoso autónomo e à função de respiração prejudicada associada através da via aérea superior nesses pacientes.

Através de exames de imagem de ressonância magnética de alta resolução, os investigadores analisaram a espessura do córtex de 12 mulheres e 36 homens que tiveram diagnóstico de apneia obstrutiva do sono leve a grave, e que não estavam a ser tratados, e compararam esses resultados com os de 40 homens e 22 mulheres que serviram de controlo e que não sofriam da condição.

O estudo é um dos primeiros a ressaltar diferenças clínicas significativas entre homens e mulheres com apneia do sono e aponta para a necessidade de diferentes abordagens de tratamento para abordar esses sintomas variados.

A lesão do córtex maior nos centros cognitivos do cérebro das mulheres pode estar subjacente aos seus problemas cognitivos mais comuns, em comparação com os homens, enquanto o desbaste associado a homens e mulheres com apneia do sono pode estar por trás da respiração desordenada observada entre os dois.