COVID-19: VACINAS TRANSPORTAM A ESPERANÇA!

COVID-19: VACINAS TRANSPORTAM A ESPERANÇA!

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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Ugur Sahin, um dos investigadores que desenvolveram a vacina contra a nova COVID-19 e presidente executivo da empresa biotecnológica alemã BioNTech, parceira da gigante farmacêutica Pfizer na investigação de uma vacina contra a Sars-Cov-2, prevê o retorno à normalidade até ao inverno de 2021, mas deixa um alerta de que o inverno de 2020 ainda vai ser “duro”.

Em entrevista exclusiva à cadeia de televisão norte-americana CNN, Ugur Sahin disse que a BioNTech e Pfizer, irão submeter a sua vacina à aprovação da autoridade da saúde norte-americana, Food and Drug Administration (FDA), com caráter de emergência de uso, no próximo dia 20 de novembro.

Uma análise final do ensaio de fase 3 da vacina, mostrou que é 95 por cento eficaz na prevenção de infeções, mesmo em adultos idosos, tendo sido igualmente referido pelo porta-voz da Pfizer, que também não causou problemas sérios de segurança.

Este anúncio da vacina BioNTech/Pfizer, seguido quase simultaneamente pelo de uma vacina rival, com um nível de eficácia semelhante, da empresa norte-americana Moderna, fez crescer o ânimo em todo o mundo, à medida que o controle do vírus parede estar finalmente à vista.

Se o processo de aprovação da vacina ficar concluído e tudo correr como planeado, a distribuição poderá começar até final do ano e a COVID-19 poderá ficar sob controle no segundo semestre de 2021, afirma Ugur Sahin.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), calcula que 44 outras vacinas candidatas estejam nas fases 1, 2 e 3 de estudos, mas na fase final de testes clínicos “dedicados” perfilam-se a AstraZeneca, CanSino Biologics, Pfizer e Sinopharm, o que prenuncia que finalmente parece surgir uma luz consistente ao fundo do túnel, apesar de ainda haver muitas questões em aberto, designadamente quanto à segurança a médio/longo prazo e determinação dos níveis de imunidade, a que ninguém ainda pode responder.

Situação na europa

Enquanto isso, a situação continua a agravar-se, na europa e nas américas, e ainda não chegámos ao inverno. Os mapas semanais do European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), que se baseiam em dados fornecidos pelos Estados-Membros da UE à base de dados do Sistema Europeu de Vigilância (TESSy), com vista a uma abordagem coordenada da restrição da liberdade de circulação, adotada pelos Estados-Membros em outubro último, no seguimento das recomendações do Conselho Europeu, refletem esse agravamento; mais de 11 328 473 contágios e 279 827 fatalidades desde o início da pandemia.

O número acumulado de fatalidades por 100 000 habitantes (14 dias), continua muito elevado, em particular na República Checa (24,5), Bélgica (22,9), Bulgária (15,2), Hungria (13,6), Polónia (13,1), Liechtenstein (13,0), Eslovénia (12,7), Itália (12,3), França (12,0), Roménia (10,4), entre 31 analisados.

Igualmente inquietante é também o número acumulado de infeções por 100 000 habitantes (14 dias), que em alguns países europeus tem vindo a crescer exponencialmente em países como Áustria (1 083,7), Luxemburgo (1 195,2), Liechtenstein (984,9), Eslovénia (939,8), Rep. Checa (906,8), Polónia (877,7) e Croácia (837,7).

Entre os 31 países europeus analisados, Portugal situa-se em 10º lugar com 236 015 contágios e 9,1 mortes por 100 000 (14 dias), e nos últimos dias tem continuado a bater recordes quer no número de infetados quer de fatalidades, o que levou o Governo e a Presidência da República a encarar, entre outras medidas mais drásticas de restrição de movimentos, a possibilidade de renovação do estado de emergência por mais 15 dias, tendo para o efeito enviado ao Parlamento, para apreciação, novo decreto nesse sentido.

De repente é como se o mundo tivesse parado! Com as restrições impostas em Portugal por força das circunstâncias, devido à pandemia por Sars-Cov-2, as pessoas ficaram com suas vidas condicionadas e cada vez mais isoladas de amigos e familiares, setores da atividade económica a colapsarem e com o SNS a dar sinais cada dia mais preocupantes de que os cuidados intensivos nas unidades hospitalares estão prestes a esgotar a sua capacidade, adivinha-se um próximo futuro ainda carregado de nuvens de incerteza.

Finalmente, parece que alguns anúncios de solução por parte da comunidade científica, vão concretizar-se até ao primeiro trimestre do próximo ano com a promessa de vacinas salvadoras, que no entanto só estarão disponíveis na farmácia comunitária, na melhor das hipóteses, no segundo semestre de 2021. Até lá as vontades vão-se desmoronando, esmorece a esperança e a economia degrada-se, destruindo empregos e atirando milhares de pessoas para a dependência de subsídios estatais que todos pagaremos, e nalguns casos para a miséria.

Entretanto, os governos de vários países que ainda o podem fazer, vão libertando algumas boias de salvação, sempre insuficientes para as empresas e populações, como apoios a fundo perdido, moratórias no crédito às empresas e às famílias, medidas de proteção ao emprego em particular nas empresas que entraram em layoff, linhas de crédito para as famílias e empresas, bem como compensações financeiras especiais para algumas empresas mais atingidas pela crise e sem alternativa de fuga, como sejam os restaurantes, a atividade turística e similares.

O momento é histórico! A humanidade já deveria estar mais bem preparada para minimizar, senão para impedir que este tipo de pandemia viral acelular, que desde tempos imemoráveis ciclicamente nos visitam, pudesse disseminar-se com tamanha rapidez e magnitude.

Já nas várias pandemias virais do passado, as chamadas segunda e terceira vagas se mostraram mais virulentas e mortíferas que as primeiras, tal como se verifica hoje, como que dando espaço e tempo à reflexão para implementar medidas mais eficazes de contenção da doença, o que não aconteceu, dado que esta nova COVID-19 está já a tornar-se numa das mais sérias doenças globais com o número de mortes em crescendo, ultrapassando já 1,3 milhões de vítimas.

É devido principalmente à melhoria das condições de vida e salubridade na maioria dos países por todo o mundo, que estamos atualmente muito melhor preparados para enfrentar novas pandemias, seja através de campanhas de vacinação ou devido aos progressos tecnológicos de comunicação que nos permitem reagir e interagir mais rapidamente a nível global. Contudo, todos esses fatores ainda não provaram ser suficientemente eficazes para travar os ardilosos vírus que nos têm acompanhado desde sempre e que parece nos quererem alertar para que alguma coisa está errada e por isso a humanidade terá de corrigir a sua trajetória.

Atualmente com mais de 344,4 mil mortes e 15 milhões de infetados, o território europeu, que viveu um verão com relativa tranquilidade devido a uma redução generalizada de casos face à primavera, vê-se agora perante um cenário oposto, com vários países a recorrer ao toque de recolher obrigatório como medida de contenção e nalguns casos ainda mais gravosas, como o encerramento de espaços comerciais e públicos, pondo em causa os direitos e garantias dos cidadãos e principalmente a economia e o emprego.

São medidas musculadas mas inevitáveis, como forma de travar um aumento descontrolado das infeções entre as suas populações e um novo confinamento total, como os que ocorreram nos primeiros meses da pandemia e agora se repetem, ou, pior ainda, uma fotocópia do que se passou nas pandemias em séculos anteriores.

Em Portugal, onde se mantém em vigor o “estado de emergência” até 23 de novembro, espera-se que o novo decreto enviado pelo Presidente à Assembleia da República (AR) venha a ser aprovado pelos deputados da Assembleia da República (AR), como forma de acomodar legislação mais restritiva que o governo já anunciou possa vir a ter necessidade de publicar.

Portugal atingiu nas últimas 24 horas novo recorde de infetados desde o início da pandemia e mais 69 óbitos, tendo sido confirmados mais 6994 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-2, o que perfaz um total – desde que a pandemia foi detetada no país em Março último –, de 243 009 infetados, 157 924 recuperados e 3 701 vítimas mortais. Há, ainda, a registar 81 384 doentes ativos e 458 casos críticos, que estão a ser acompanhados pelas autoridades de saúde.

O primeiro-ministro e as autoridades de saúde insistem no apelo para que todos adotem as regras e os comportamentos individuais estabelecidos pela DGS, designadamente a lavagem frequente das mãos, o uso de máscaras de proteção e o distanciamento físico, a que se juntou o uso obrigatório de máscaras de proteção em todo o espaço público onde não seja possível manter o distanciamento recomendado, medidas que apesar de tudo parece não estarem a resultar.

A pandemia irá muito provavelmente, manter-se entre nós por longos períodos de tempo. Se as regras de prevenção forem cumpridas e a sua expansão mantida sob controlo, iremos dominar esta batalha até que, finalmente, um tratamento eficaz ou as vacinas milagrosas anunciadas nos venham libertar dos medos e da desconfiança em que vivemos.

Aspetos logísticos

A União Europeia (UE) já acordou comprar até 300 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus numa primeira fase, que serão rateadas pelos diversos Estados-Membros em função da sua população, após se terem confirmado resultados muito consistentes em testes, estando o início das entregas previsto para o final deste ano. No entanto, a UE recusa por ora fornecer detalhes sobre como e quando a vacina será lançada, referindo que há "uma série de etapas" que precisam ser percorridas de antemão, designadamente as “provas da sua segurança”, dado que se trata uma molécula que degrada com muita facilidade.

Uma das limitações quanto à entrega e distribuição massiva da vacina, parece ser o facto de precisar de se manter a temperaturas muito baixas para ser eficaz, facto que poderá dificultar a sua distribuição em países com menos recursos. O seu armazenamento terá de ser feito em ambiente com temperaturas estáveis a menos 70ºC e durante um período curto de tempo, o que constitui um enorme desafio para as infraestruturas da maioria dos países.

Na europa, o plano de distribuição da futura vacina prevê que todos os Estados-membros a recebam ao mesmo tempo e, na estratégia adotada, Bruxelas prevê que cada país tenha preparado antecipadamente serviços de vacinação com capacidade para a sua dispensa, incluindo recursos humanos, equipamento médico, de proteção, transporte e armazenamento e facilite o acesso das vacinas à população-alvo o mais prontamente possível.

Também os grupos prioritários para a vacinação são definidos: trabalhadores de estabelecimentos de saúde e de cuidados continuados, pessoas com mais de 60 anos de idade, pessoas cujo estado de saúde as coloque particularmente em risco, trabalhadores essenciais, pessoas que não podem distanciar-se socialmente e grupos socioeconómicos mais desfavorecidos.

A Comissão Europeia prevê também que numa primeira fase as doses de vacina sejam disponibilizadas em quantidades limitadas, até que a produção arranque em pleno. O governo português já assegurou doses de vacinas para a COVID-19 necessárias, através de contratos com empresas farmacêuticas, em nome dos países da União Europeia.

A COVID-19 a nível Global

De acordo com o site worldometers, que aglutina a informação disponibilizada pela OMS e pelos principais Centros de Controle e Prevenção de Doenças em todo o mundo, desde 31 de Dezembro de 2019 até hoje, dia 20 de novembro de 2020, foram notificados em todo o mundo 57 403 264 casos de doença (mais cerca de 4 milhões do que há uma semana), incluindo 1 368 726 mortes e 39 868 778 recuperados, números que continuam a crescer na europa, particularmente a nível das fatalidades.

Embora com tendência ligeiramente decrescente, o continente americano continua a ser o mais fustigado, com o número de infetados a ultrapassar 24 722 9194, seguido da Ásia com mais de 15 512 178 casos, da Europa, que numa segunda vaga passou de uma situação aparentemente controlada para uma explosão de novos focos de contágio e de mortes, em menos de 2 semanas, ultrapassando já os 15 082 224 e de África também com um pequeno crescimento para 2 042 635 casos. A oceania com 43 312 contaminados continua a ser o continente menos afetado.

covid 19, mapa mundo

A experiência de outras pandemias que eclodiram no passado e que aqui já abordámos sumariamente, recomendam precaução absoluta. A COVID-19 transmuta-se e não dá tréguas! Decorrido quase um ano após a primeira infeção detetada em humanos, a incerteza quanto ao evoluir da doença apesar de tudo mantém-se, designadamente quanto à possibilidade de eclosão de novas vagas no futuro. Não podemos deixar ao acaso a nossa saúde e a das nossas famílias. Todos os cuidados são poucos!

Caracterização do novo vírus COVID-19

Os coronavírus são uma família de vírus de RNA que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como doença mais grave, como o síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS) e o síndrome respiratório agudo severo (SARS-CoV-2).

Um novo coronavírus (COVID-19) foi identificado em Wuhan, China, em final de Dezembro de 2019 e alastrou por outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo originado a atual pandemia, sabendo-se agora que tem a capacidade de mutação em animais, como foi agora confirmado entre as populações de martas nos Países Baixos e na Dinamarca.

Diferença entre epidemia e pandemia

A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia de doença infecciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.

Metodologia de atualização de dados

A atual situação epidémica é acompanhada diariamente pela OMS, ECDC, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença bem como o número de mortes diretamente atribuídos ao COVID-19. Não obstante estes números estarem a mudar a cada minuto que passa, o quadro abaixo reflete os últimos dados conhecidos, sendo nossa intenção mostrar uma panorâmica a nível global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, tão realista quanto nos é possível.

Situação Mundial da pandemia a 20 de novembro, segundo a OMS:

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

covid 19, mapa mundo

RECOMENDAÇÕES DA ECDC

Como se espalha o COVID-19?

As pessoas podem ser infetadas pelo COVID-19 através de outras pessoas portadoras do vírus inalando pequenas gotículas infetadas ao tossirem ou espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.

Quais são os sintomas da doença?

A maioria das pessoas infetadas experimenta uma doença leve e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas principais incluem uma combinação de:
– Febre
– Tosse
– Dificuldade para respirar
– Dor muscular
– Cansaço anormal

Surto de doença, O que precisa saber?

Se já esteve em áreas afetadas pelo COVID-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infetada com o COVID-19 e se, no espaço de 14 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar:

– Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.

– Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contactos tidos.

– Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contactos.

Como pode proteger-se e aos outros da infeção

– Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.
– Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.
– Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.
– Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos.
– Pratique o distanciamento social: mantenha-se pelo menos a 1 metro de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.

Linha de apoio em Portugal (SAÚDE 24): (+351) 808 24 24 24

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