Uma investigação conduzida por cientistas do Instituto Nacional de Medicina Complementar da Austrália, do Instituto Black Dog, também na Austrália, da Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e da Universidade de Manchester, em Inglaterra, concluiu que as aplicações (apps) para smartphones podem ser eficazes na redução dos sintomas associados à depressão.

Durante o estudo, foram revistos 18 ensaios controlados randomizados que analisaram 22 diferentes intervenções na saúde mental realizadas através de apps para smartphones, os quais incluíram dados de 3 414 homens e mulheres, com idades entre os 18 e os 59 anos.

Os participantes registaram vários sintomas e problemas relacionados com a saúde mental, como depressão leve a moderada, depressão severa, ansiedade, doença bipolar e insónia.
 
Os resultados mostraram que, no geral, as aplicações para smartphones promoveram a redução dos sintomas da depressão nos participantes, o que sugere que este tipo de tratamento poderá ajudar na gestão da doença.
 
Apesar destes resultados promissores, os autores alertaram que não existe evidência que aponte que o uso isolado das aplicações possa ser mais eficaz do que os tratamentos psicológicos convencionais, ou que faça reduzir a necessidade de tomar medicação antidepressiva.
 
O objetivo dos cientistas agora é verificar, de entre as muitas aplicações disponíveis, quais são as que produzem os maiores benefícios no alívio dos sintomas da depressão.