O estudo envolveu adultos com doenças cardíacas que receberam uma dose personalizada de vitamina D3, o que permitiu manter níveis sanguíneos entre 40 e 80 ng/ml desta vitamina. Isto resultou numa redução de 52% no risco de um segundo ataque cardíaco em comparação com aqueles que não receberam este ajuste personalizado da dosagem.

O período médio de seguimento dos participantes foi de pouco mais de quatro anos, durante os quais a taxa de segundos ataques cardíacos foi de 3,8% no grupo tratado, em comparação com 7,9% no grupo de controlo.
De um modo geral, verificou-se uma diminuição da recorrência de ataques cardíacos, sem impacto semelhante noutros eventos cardiovasculares, como insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral ou morte.

Especificamente, o ensaio clínico randomizado TARGET-D incluiu 630 adultos com síndrome coronária aguda, cujo tratamento decorreu entre 2017 e 2023, a maioria com níveis muito baixos de vitamina D. Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu o tratamento padrão, enquanto o outro recebeu suplementos personalizados.

De acordo com a epidemiologista Heide May, adotou-se uma abordagem diferente. Verificaram-se os níveis de vitamina D de cada participante no momento da inscrição e ao longo do estudo, e ajustou-se a dosagem conforme necessário para os manter na faixa dos 40 a 80 ng/ml.

A líder do estudo realçou a importância de os doentes com doenças cardíacas terem os seus níveis de vitamina D verificados e receberem planos de tratamento personalizados. Os investigadores salientaram ainda a necessidade de se realizarem ensaios clínicos maiores e mais diversificados para validar a eficácia e a segurança da suplementação de vitamina D.