No estudo, os investigadores examinaram o efeito da vitamina C na redução da inflamação pulmonar e da perda mitocondrial causadas pelo PM2,5 – minúsculas partículas em suspensão normalmente encontradas na poluição urbana – e descobriram que pode ter um efeito protetor.

Utilizando um modelo murino bem estabelecido, a equipa descobriu que a suplementação com vitamina C antioxidante reduziu os efeitos negativos da exposição a baixos níveis de PM2,5.
Não existe um nível seguro de poluição do ar causada por PM2,5. Em níveis baixos, o PM2,5 pode contribuir para doenças pulmonares, incluindo asma, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), fibrose pulmonar e cancro do pulmão.

Os resultados do estudo permitiram concluir que a ingestão de vitamina C previne eficazmente o stress oxidativo e a inflamação induzidos pelo PM2,5. A ingestão desta vitamina também ajuda a reduzir as substâncias nocivas nas células e protege as mitocôndrias (produtoras de energia celular) dos danos causados por estas minúsculas partículas.

De acordo com o Professor Brian Oliver, líder da investigação, agora há esperança de que a vitamina C possa ajudar indivíduos de alto risco em caso de incêndios florestais ou tempestades de poeira. No entanto, alerta para o uso de suplementos sem receita médica, devido à facilidade de sofrer uma overdose.

O estudo sugere que tomar a dose máxima permitida de vitamina C para uma pessoa pode ser benéfico, mas é fundamental consultar o médico assistente para garantir que se está a tomar o suplemento correto, na dosagem adequada, e evitar uma sobredosagem acidental com algum outro componente presente nos suplementos de venda livre.