DOR

Cetamina considerada segura e eficaz na dor crónica

Infusões intravenosas de cetamina em baixas doses são seguras e eficazes no tratamento da dor crónica, revelou um novo estudo publicado na revista Regional Anesthesia & Pain Medicine.

Cetamina considerada segura e eficaz na dor crónica


De acordo com Hallie Tankha, da Cleveland Clinic, as infusões de cetamina como parte do tratamento clínico abrangente da dor ajudaram até 46% dos pacientes a melhorar a sua função física, qualidade do sono e controle da dor.
O estudo demonstrou que a cetamina pode ser implementada com segurança e eficácia em ambientes de tratamento da dor.

A cetamina é usada como anestésico em cirurgias e como tratamento para a depressão. Não é um opioide, mas funciona bloqueando uma substância química cerebral essencial chamada N-metil-D-aspartato, ou NMDA.

Para o novo estudo, a equipa de especialistas acompanhou mais de 1.000 pacientes que receberam uma infusão padrão de cetamina de 0,5 miligramas por cada quilo de peso corporal. Os pacientes receberam a infusão por mais de 40 minutos, durante cinco dias consecutivos. Mais de 90% dos pacientes completaram os cinco dias de tratamento, e os especialistas acompanharam o seu progresso.

Os resultados permitiram apurar que entre 20% e 46% dos pacientes obteve melhorias clinicamente significativas na sua dor, função física e sono. Esses benefícios mantiveram-se durante pelo menos seis meses, e quase metade dos pacientes ainda apresentou melhoria na ansiedade relacionada à dor.
Cerca de 80% dos pacientes optaram por voltar para infusões adicionais.

O tratamento com a cetamina mostrou-se seguro, apresentando efeitos colaterais mínimos e sem problemas graves de saúde. Embora raras, as alucinações foram o efeito colateral mais relatado.

Segundo o Dr. Pavan Tankha, investigador sénior, o estudo representa um avanço significativo na melhoria do atendimento aos pacientes que, de outra forma, teriam esgotado todas as outras opções de tratamento.
As descobertas representam um passo significativo para melhorar a qualidade de vida e podem acelerar o acesso a esta opção de tratamento para os pacientes.

Fonte: Tupam Editores

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