ALIMENTAÇÃO

Afinal, nem todos os alimentos ultraprocessados são prejudiciais

Uma nova investigação da Swinburne, em Melbourne, veio desafiar a antiga crença de que todos os alimentos ultraprocessados são maus para a saúde. Enquanto certos lanches e refrigerantes são sempre prejudiciais para a saúde, outros produtos, como cereais integrais fortificados e certos laticínios demonstram efeitos neutros ou potencialmente benéficos.

Afinal, nem todos os alimentos ultraprocessados são prejudiciais


De acordo com o Professor Associado Jimmy Louie, autor do estudo, a resposta à pergunta “Os alimentos ultraprocessados são prejudiciais?” não pode ser um simples “sim” ou “não”.

Apesar de nos fazerem acreditar que sim, que todos esses alimentos são prejudiciais, a verdade é mais complexa, pois alguns podem possuir um valor nutricional real e encaixar-se perfeitamente numa dieta saudável.

Os produtos ultraprocessados fornecem frequentemente fontes económicas de nutrientes essenciais às populações desfavorecidas e podem contribuir para a redução do desperdício de alimentos através da sua maior vida útil.
Nem todas as pessoas conseguem viver apenas com alimentos minimamente processados. Os alimentos processados nutricionalmente saudáveis podem ser uma escolha saudável e prática.

O estudo, publicado na revista Proceedings of the Nutrition Society, reviu o sistema NOVA, que classifica os alimentos em quatro grupos com base no seu nível de processamento, desde itens frescos ou minimamente processados até aos produtos ultraprocessados.
Este sistema, amplamente utilizado, é controverso devido à forma como define e rotula os alimentos processados versus os ultraprocessados. Louie defende um sistema que considere tanto o processamento quanto a nutrição, para que as pessoas tenham orientações mais claras.

Assim, em vez de uma rejeição categórica de todos os alimentos ultraprocessados, as evidências sugerem que nem todos são inerentemente "maus". As suas implicações para a saúde dependem de vários fatores, incluindo métodos específicos de processamento, composição nutricional e o contexto do seu consumo dentro dos padrões alimentares gerais.

Fonte: Tupam Editores

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