GENÉTICA

Genes revelam por que alguns idosos sofrem de fragilidade

Um novo estudo realizado por investigadores do Instituto Karolinska, em colaboração com especialistas da Universidade de Tampere, na Finlândia, permitiu identificar variantes genéticas ligadas à função cerebral, defesa imunológica e metabolismo que contribuem para o desenvolvimento de fragilidade em idosos. A investigação, publicada na Nature Aging, acrescenta novas perceções biológicas sobre o início da fragilidade.

Genes revelam por que alguns idosos sofrem de fragilidade


A fragilidade – uma condição clínica multifatorial caracterizada pela diminuição da reserva fisiológica e resistência reduzida a stressores, torna o idoso mai vulnerável a quedas, infeções e outros stresses – aumenta o risco de hospitalização e morte. Assim, é importante entender por que algumas pessoas são afetadas mais cedo do que outras.

Numa análise genética abrangente de quase um milhão de pessoas na Finlândia (N = 500.737) e no Reino Unido (N = 407.463), os investigadores descobriram variantes genéticas ligadas à fragilidade.
Ao analisar o ADN e os dados de saúde dos participantes, a equipa conseguiu identificar centenas de marcadores genéticos que influenciam o risco de desenvolver a condição.

Segundo Juulia Jylhävä, autora do estudo, os resultados mostram que a fragilidade não é causada por um único fator, mas por muitos genes que afetam o funcionamento do nosso sistema imunológico, cérebro e metabolismo. E alguns desses genes são descobertas completamente novas.

As descobertas revelaram que o risco genético de fragilidade de uma pessoa pode ser medido e, em última análise, utilizado para prever quem tem maior risco de adoecer ou precisar de cuidados.

No futuro, será possível identificar pessoas em risco ainda na meia-idade, quando ainda há tempo para prevenir a fragilidade – o que possibilita criar novas formas de melhorar a saúde dos idosos.

Fonte: Tupam Editores

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