MINERAIS

Maior ingestão de cobre melhora desempenho cognitivo em idosos

Com o aumento do envelhecimento da população global, a prevalência de comprometimento cognitivo também aumenta. Todas as formas de demência são marcadas por declínio cognitivo e emergem cada vez mais como um desafio significativo para a saúde pública. Estudos anteriores examinaram se os níveis de micronutrientes podem estar relacionados à resiliência cognitiva.

Maior ingestão de cobre melhora desempenho cognitivo em idosos


O cobre é um oligoelemento essencial que participa do metabolismo energético neuronal, da síntese de neurotransmissores e da regulação antioxidante. Investigações realizadas anteriormente identificaram papéis protetores e prejudiciais do cobre nas doenças neurodegenerativas, dependendo de sua biodisponibilidade e concentração no tecido neural.

No estudo, publicado na revista Scientific Reports, os investigadores elaboraram uma análise transversal para avaliar a relação entre o consumo alimentar de cobre e o desempenho cognitivo. Foi selecionada uma coorte de 2.420 participantes com 60 anos ou mais da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição (NHANES) de 2011-2014. Todos os participantes tinham dados completos sobre a sua ingestão alimentar e função cognitiva.

A ingestão alimentar de cobre derivava de dois relatórios alimentares médios de 24 horas e foi estratificada em quartis.

Foram utilizados modelos de regressão linear multivariada para testar as associações. No modelo totalmente ajustado, os participantes no quartil mais alto de ingestão de cobre apresentaram pontuações mais altas do que aqueles no quartil mais baixo.

Os participantes nos quartis mais altos de ingestão de cobre tinham mais propensão para serem do sexo masculino, brancos não hispânicos, casados e de renda mais elevada, com menor prevalência de tabagismo e perfis nutricionais mais favoráveis, incluindo maior ingestão de zinco, ferro, selénio e energia total.

Os participantes com historial de AVC apresentaram uma associação mais forte entre a ingestão de cobre e a cognição global.

Os resultados permitiram concluir que a ingestão de cobre estava associada a melhores pontuações nos testes de função cognitiva em idosos. As associações foram mais fortes em níveis moderados de ingestão e mais pronunciadas em indivíduos com AVC prévio.

Embora os mecanismos precisos subjacentes à relação entre a ingestão alimentar de cobre e a função cognitiva permaneçam desconhecidos, os especialistas consideram que as descobertas são biologicamente plausíveis.

O cobre alimentar é crucial para a saúde do cérebro e pode proteger a função cognitiva através do seu envolvimento na defesa antioxidante, na síntese de neurotransmissores e no metabolismo energético.

Fonte: Tupam Editores

ÚLTIMAS NOTÍCIAS