PREVENÇÃO

Exames cerebrais em bebés reduzem risco de AVC mais tarde

Submeter crianças com menos de 1 ano de idade a exames cerebrais não invasivos pode ajudar a identificar fatores de risco e reduzir o potencial de acidente vascular cerebral mais tarde na vida, sugere um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade do Sul da Austrália.

Exames cerebrais em bebés reduzem risco de AVC mais tarde

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Os especialistas descobriram que, apesar das melhorias na medicina, os padrões de aneurisma cerebral permaneceram estáveis ao longo do tempo, o que significa que as variações nos vasos cerebrais podem ser facilmente detetadas no início da vida.

O estudo, publicado no BMJ Open, examinou 260 anos de dados para avaliar sistematicamente as tendências de longo prazo dos aneurismas cerebrais, que podem ser a causa do AVC.

Globalmente, o AVC é a segunda principal causa de morte. Todos os anos, 15 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem um AVC. Destes, 5 milhões morrem e outros 5 milhões ficam permanentemente incapacitados, representando um fardo significativo para as suas famílias, para a comunidade e economia.

Na Austrália, as estatísticas mostram que o AVC mata mais mulheres do que o cancro da mama e mais homens do que o cancro da próstata. Mais de 80% dos AVCs podem ser evitados. Segundo o Dr. Arjun Burlakoti, da UniSA, a deteção de variações nos vasos cerebrais em crianças pode prevenir o AVC no final da vida.

Os aneurismas cerebrais podem desenvolver-se em qualquer idade. E embora a idade mais comum para o diagnóstico seja entre 31 e 60 anos, a incidência de aneurismas cerebrais na infância é quase equivalente à dos adultos. Esta incidência pode ser comparável à dos adultos porque o período de vida da infância é muito mais curto do que a idade adulta.

A investigação revelou que os aneurismas ocorrem e se rompem nas suas circunstâncias internas, e ainda que quaisquer variações dos vasos cerebrais provavelmente já estão presentes desde o nascimento. Isto significa que, se se conseguirem identificar variações na rede arterial cerebral na infância, podem-se monitorizar e verificar mais ativamente as pessoas em risco ao longo da vida.

Os especialistas recomendam um Doppler transcraniano não invasivo para examinar bebés e crianças para identificar variações nos vasos cerebrais. Este teste indolor utiliza ondas sonoras para examinar o fluxo sanguíneo dentro e ao redor do cérebro e detetar variações nos vasos sanguíneos.

Para a equipa, este método de triagem poderia permitir uma intervenção oportuna e potencialmente prevenir aneurismas e complicações relacionadas com o AVC.

Fonte: Tupam Editores

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