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Aprovado primeiro tratamento oral para esofagite eosinofílica

A FDA aprovou recentemente o primeiro e único medicamento para o tratamento oral da esofagite eosinofílica (EoE), uma doença inflamatória crónica, imunomediada, localizada no esófago.

Aprovado primeiro tratamento oral para esofagite eosinofílica

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Denominado Eohilia (suspensão oral de budesonida), o medicamento está aprovado para indivíduos com 11 anos ou mais e estará disponível em embalagens de dose única de 2mg/10mL até o final de fevereiro.

O corticosteroide está indicado para duas vezes ao dia durante 12 semanas de tratamento. Desenvolvido especificamente para EoE, a nova formulação de budesonida do Eohilia confere propriedades tixotrópicas, ou seja, flui mais livremente quando agitada e retorna a um estado mais viscoso quando ingerida.

A sua aprovação foi baseada em dois estudos multicêntricos, randomizados, duplo-cegos, de grupos paralelos e controlados por placebo, com duração de 12 semanas (Estudo 1 e Estudo 2) em pacientes (idades de 11 a 56 e 11 a 42, respetivamente) com EoE.

Ambos os estudos revelaram que um número significativamente maior de pacientes que tomaram o Eohilia alcançaram remissão histológica em comparação com aqueles que tomaram um placebo (estudo 1: 53,1 versus 1%; estudo 2: 38 versus 2,4%). Desde o início do estudo, a alteração absoluta na pontuação combinada do Questionário de Sintomas de Disfagia foi de -10,2 com o Eohilia versus -6,5 com o placebo no estudo 1 e -14,5 e -5,9, respetivamente, no estudo 2.

Os investigadores verificaram que, em comparação com os indivíduos que tomaram o placebo, mais pacientes que receberam o Eohilia não apresentaram disfagia ou apenas apresentaram disfagia que “melhorou ou desapareceu por si mesma” durante as últimas duas semanas de cada estudo.

Para pessoas que vivem com EoE, sentar-se para fazer uma refeição pode incluir dor e dificuldade para engolir, dor no peito e sensação de asfixia. O Eohilia representa para os pacientes e médicos a primeira e única opção de tratamento oral aprovada para esta doença, da qual se desconhece a causa exata.

A identificação da EoE pode ser complexa, sendo comum um diagnóstico tardio entre os pacientes. Se não for tratada, a inflamação da doença pode piorar e estreitar o esófago, o que pode levar à impactação dos alimentos (os alimentos ficam presos no esófago). Na verdade, a EoE é a principal causa de atendimentos de emergência por impactação alimentar.

Fonte: Tupam Editores

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