No estudo foram analisadas as duas primeiras doses das vacinas Covid. As pessoas que alternaram os braços apresentaram um pequeno aumento na imunidade em relação àquelas que receberam as duas injeções no mesmo braço. Para quem responde mal às vacinas qualquer esforço pode ser significativo.

Ainda que as descobertas já não tenham muita importância no que diz respeito às vacinas do Covid, podem ter implicações para todas as vacinas multidose, incluindo as imunizações infantis.

Mas, segundo a Dra. Jennifer Gommerman, da Universidade de Toronto, alargar o intervalo entre as doses – em três a quatro meses, como se fez no Canadá para as injeções contra a Covid – pode oferecer um benefício ainda maior do que a troca de braço.

Seja como for, os investigadores são da opinião de que vale a pena estudar todas estas estratégias porque, em pessoas imunocomprometidas, tudo é importante para ajudar a obter respostas imunológicas.

Durante a investigação, o Dr. Marcel Curlin e os seus colegas mediram os níveis de anticorpos de 54 pares de funcionários universitários agrupados por idade, sexo e tempo após a vacinação.

Todos os participantes foram randomizados para receber a segunda dose da vacina no mesmo braço da primeira dose, ou no braço oposto. Os especialistas constataram que trocar os braços aumentou os níveis de anticorpos no sangue em até quatro vezes. A resposta imunológica também foi mais forte, tanto contra o coronavírus original, quanto contra a variante ómicron.

Para o investigador principal, é um efeito consistente e estatisticamente significativo, e parece ser bastante durável.