PRÉMIO NOBEL

Temporada dos Nobel arrancou com entrega do prémio da Medicina

A temporada de 2023 dos prémios Nobel já arrancou. Estes prémios são atribuídos anualmente a pessoas ou organizações que contribuíram de forma excecional nos campos da química, física, literatura, paz, medicina e economia.

Temporada dos Nobel arrancou com entrega do prémio da Medicina

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O primeiro Nobel a ser anunciado foi o da Fisiologia ou Medicina, que foi atribuído a Katalin Karikó, investigadora húngara de 68 anos, e Drew Weissman, investigador norte-americano de 64 anos, pelas descobertas relativas a modificações de bases nucleósidas que permitiram o desenvolvimento de vacinas eficazes de mRNA contra a Covid-19.

Através das suas descobertas inovadoras, que mudaram fundamentalmente a compreensão de como o mRNA interage com o sistema imunitário, os laureados contribuíram para o processo sem precedentes na taxa de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana na era moderna.

Os especialistas notaram que as células dendríticas reconhecem o mRNA transcrito in vitro como uma substância estranha, o que leva à sua ativação e à libertação de moléculas sinalizadoras inflamatórias. No fundo, perceberam que algumas propriedades críticas devem distinguir os diferentes tipos de mRNA – e foi esta descoberta que lhes valeu o Nobel deste ano.

Ao longo da semana serão anunciados os vencedores dos galardões de Física (hoje), Química (quarta-feira), Literatura (quinta-feira) e Paz (sexta-feira). O anúncio da distinção na área das Ciências Económicas está agendado para dia 09.

Todas as categorias serão anunciadas em Estocolmo, Suécia, exceto o Nobel da Paz que, como habitualmente, será atribuído pelo Comité Nobel Norueguês e terá como cenário o Instituto Nobel Norueguês, em Oslo.

O Nobel da Paz recebeu 351 candidaturas este ano, num contexto em que a guerra na Ucrânia se arrasta, a comunidade internacional está fragmentada e as catástrofes se multiplicam, admitindo-se a possibilidade de o galardão não ser entregue este ano.

De acordo com o professor sueco Peter Wallensteen, especialista em questões internacionais, se o comité não atribuísse o prémio este ano seria uma forma de chamar a atenção para a gravidade da situação mundial, como aconteceu nos anos que se seguiram às duas guerras mundiais.
No entanto, em Oslo, o facto de não se conseguir encontrar um vencedor entre as centenas de candidaturas recebidas seria visto como uma admissão de fracasso.

Fonte: Tupam Editores

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