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Já ouviu falar de parassónias? Conheça algumas das mais comuns

Durante o sono, podem ocorrer nas crianças e nos adultos diversos comportamentos inconscientes, dos quais não se lembram mais tarde. Aos transtornos comportamentais causados ou exagerados pelo sono, além da apneia do sono, dá-se o nome de parassónias. Estes distúrbios envolvem movimentos anormais, comportamentos, emoções, perceções e sonhos que ocorrem ao adormecer, ao despertar ou durante o sono, principalmente o sono excitado.

Já ouviu falar de parassónias? Conheça algumas das mais comuns

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NÃO SE ESQUEÇA DE DORMIR!


Embora as parassónias possam acontecer em qualquer idade, elas são mais comuns durante a infância. O terror noturno talvez seja o mais bem estudado dos transtornos do sono. Esses episódios assustadores resultam em gritos, as pessoas parecem muito amedrontadas, e de olhos bem abertos e coração acelerado sentam-se na cama e debatem-se.

Os terrores noturnos são mais frequentes entre as crianças. Estas não devem ser acordadas, pois isso deixa-as ainda mais assustadas. Embora pareçam altamente angustiadas, não têm memória dos eventos ou imagens mentais após despertar, não havendo problemas psicológicos como resultado desses comportamentos. Geralmente os episódios cessam à medida que vão crescendo e ficam mais velhas.

Nos adultos estes episódios estão geralmente associados a problemas psicológicos ou a transtornos relacionados ao uso de álcool. Importa referir que os terrores noturnos diferem dos pesadelos e podem levar ao sonambulismo.

O sonambulismo, mais frequente no final da infância e durante a adolescência, é caracterizado pela realização de atividades motoras bem coordenadas, como andar, comer, mudar de roupa, conduzir ou escrever uma carta, embora o indivíduo esteja a dormir e não se lembre de nada depois de acordar.
Nos episódios mais ligeiros e mais simples, a pessoa pode apenas sentar-se na cama, vociferar alguma coisa, arranjar um cobertor, etc. Nos mais complexos pode ir à garagem, entrar no carro e conduzir até outra cidade.

De início, a pessoa mantém os olhos abertos e a expressão vazia e podem ocorrer murmúrios, fala incoerente e respostas monossilábicas, dando a impressão de estar acordada. Deixada sozinha, geralmente retorna para a cama e no dia seguinte não se lembra do ocorrido, nem relata um sonho. O sonambulismo é mais frequente no primeiro terço da noite, em que predominam os estágios III e IV, de ondas lentas do sono.

O despertar confusional é mais comum em bebés e crianças, começando com grandes quantidades de movimentos e gemidos, que podem mais tarde progredir para agitações ocasionais, confusões e choro inconsolável. Geralmente a pessoa permanece na cama, sentada, e depois volta a dormir. Estes episódios duram de segundos a minutos e podem não ser reativos a estímulos. É possível que não exista lembrança de ter acordado.

Quanto ao tratamento destes distúrbios, muitas pessoas que sofrem de parassónias melhoram simplesmente ao alterarem os seus hábitos de sono, que incluem manter um horário regular para dormir, controlar o stress, ter uma rotina de sono relaxante e dormir por tempo suficiente, no entanto, existem medicamentos que podem controlar os sintomas.

Uma pessoa com parassónia deve procurar um especialista para dar início a tratamento sempre que haja risco de lesão a si próprio ou a outra pessoa. Também deve ser procurado tratamento se a parassonia perturbar o sono da pessoa ou do parceiro de cama ou de quarto, se houver angústia sobre os sintomas ou se a frequência da parassonia for muito elevada ou crescente.

Fonte: Tupam Editores

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