DIAGNÓSTICO

Estudo quer ajudar a identificar toxicidade por óxido nitroso

O óxido nitroso, também conhecido por gás hilariante e “droga do riso”, é uma droga popular, especialmente entre os jovens, pelos seus efeitos euforizantes, analgésicos e ansiolíticos, acompanhados por uma alteração sensorial da percepção de espaço e tempo e distúrbio da coordenação motora, podendo o seu uso continuado provocar, a longo prazo, sérios danos no sistema imunitário, alterações na memória, entre outros problemas neurológicos graves e, por vezes, permanentes.

Estudo quer ajudar a identificar toxicidade por óxido nitroso

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Uma nova revisão no Canadian Medical Association Journal (CMAJ) tem como objetivo ajudar os médicos a reconhecer sinais de toxicidade por óxido nitroso. Usada às vezes em procedimentos pediátricos e odontológicos, a popularidade da droga deve-se em parte ao seu baixo custo, facilidade de acesso online e sensação de segurança em relação a outros medicamentos.

Na Investigação Global sobre Drogas de 2021, 10% de todos os entrevistados, e 15% dos entrevistados canadianos referiram ter utilizado esta droga perigosa no ano anterior. Este inquérito baseado na Internet fornece informações sobre os padrões de consumo das drogas, no entanto, os entrevistados não são representativos da população em geral.

O uso recreativo de óxido nitroso é um problema crescente. Embora o uso a curto prazo raramente leve a complicações graves, o uso crónico pode causar deficiência funcional de vitamina B12, o que pode resultar em efeitos na saúde a longo prazo, especialmente a nível neurológico.
As consequências mais comuns de toxicidade são danos na medula espinhal (mielopatia), danos nos nervos que afetam a força e a sensação (neuropatia) e anormalidades comportamentais (encefalopatia).

Os autores do estudo salientam que os médicos devem questionar todos os pacientes com achados inexplicáveis sugestivos de deficiência de vitamina B12 ou outros sintomas neurológicos compatíveis sobre o uso de óxido nitroso.

São potenciais marcadores bioquímicos para o diagnóstico a homocisteína e ácido metilmalónico elevados, e a ressonância magnética e os estudos de condução nervosa podem ajudar a definir melhor o problema.
A base do tratamento é a cessação do uso da substância e a suplementação de vitamina B12 e de metionina.

Fonte: Tupam Editores

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