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Uso de canabidiol durante a gravidez pode afetar cérebro do feto

Uma equipa de investigadores do Anschutz Medical Campus da Universidade do Colorado descobriu que o canabidiol (CBD), frequentemente utilizado no tratamento da ansiedade e das náuseas na gravidez, pode potencialmente prejudicar o feto em desenvolvimento.

Uso de canabidiol durante a gravidez pode afetar cérebro do feto

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O canabidiol ou CBD é um componente não psicoativo da cannabis. A substância é utilizada para tratar estas condições durante a gestação por se achar que é segura e saudável, no entanto, atravessa a placenta e acumula-se no cérebro fetal.

Segundo a principal autora do estudo, Emily Bates, até agora não se sabia como a exposição fetal ao CBD afetava o desenvolvimento do cérebro. Mas o estudo, publicado na revista científica Molecular Psychiatry, permitiu descobrir que em ratinhos o consumo oral de uma dose alta de CBD durante a gravidez prejudicou a resolução de problemas nas fêmeas.

A equipa descobriu que a exposição fetal ao CBD reduziu a excitabilidade do córtex pré-frontal, uma área do cérebro importante para a aprendizagem. Verificou-se ainda que o aumento da sensibilidade à dor ocorreu unicamente nos ratinhos macho, enquanto as deficiências cognitivas ocorreram apenas nas fêmeas.

Os resultados realçam a necessidade de outras investigações para entender por que razão os efeitos do CBD são específicos do sexo.

Para a professora Bates, este estudo é importante pois informou os médicos e as pacientes grávidas que o consumo de CBD durante esta fase pode ter efeitos no desenvolvimento cerebral das crianças. Agora, mais do que nunca, isso é importante pois recentemente o CBD tornou-se legal em todo o país, estando disponível em supermercados e postos de gasolina.

Assim, é urgente que os médicos comecem a questionar as pacientes sobre o consumo de CBD nas consultas pré-natais e eduquem o público sobre os riscos potenciais durante a gravidez.

O próximo objetivo será determinar se o momento e as doses de CBD durante os diferentes trimestres da gravidez afetam a frequência e a gravidade dessas deficiências.

Fonte: Tupam Editores

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