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Telómeros mais curtos indicam maior risco de Alzheimer

O desgaste dos telómeros é uma das marcas do envelhecimento biológico. Telómeros mais curtos na meia-idade estão associados a um risco maior de desenvolver a doença de Alzheimer, sugere uma investigação levada a cabo por uma equipa de investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Connecticut (Uconn).

Telómeros mais curtos indicam maior risco de Alzheimer

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Os telómeros são sequências repetitivas de ADN que cobrem os nossos cromossomas, protegendo o resto do ADN de danos. Inicialmente são longos mas com a idade e o stress vão gradualmente encurtando. O quanto encurtam e com que rapidez isso acontece depende de vários fatores, incluindo a genética, dieta, meio ambiente e estilo de vida, no entanto, quando ficam mais curtos a célula deixa de se poder dividir e renovar. Em vez disso, as células com telómeros muito curtos começam a estimular a inflamação e muitas doenças típicas do envelhecimento.

Surgiu então uma questão na mente dos especialistas: será que a doença de Alzheimer e outras demências relacionadas, que estão intimamente associadas ao envelhecimento, também estão associadas a telómeros mais curtos?

Para esclarecer a dúvida, a equipa analisou dados de mais de 43.000 participantes do Biobank do Reino Unido. O estudo, publicado na revista Aging Cell, foi limitado a participantes de ascendência europeia, para reduzir possíveis diferenças no comprimento dos telómeros devido à etnia.

Os investigadores analisaram o comprimento dos telómeros dos participantes na meia-idade e, posteriormente, verificaram se estes desenvolveram a doença de Alzheimer ou uma demência relacionada nos 12 anos seguintes.
Descobriram, então, que os telómeros mais curtos pareciam indicar um risco maior de desenvolver Alzheimer.

A bioestatística da Uconn, Chia-Ling Kuo, refere que os investigadores pretendem acompanhar os participantes do estudo do Biobank do Reino Unido, já que a coorte ainda é relativamente jovem (os participantes mais velhos têm cerca de 80 anos agora) com poucos casos de demência. À medida que envelhecem, os padrões de quem desenvolve, e não desenvolve, a doença de Alzheimer fornecerão mais informações sobre o papel dos telómeros.

O encurtamento dos telómeros pode ser retardado em algumas circunstâncias, quando as pessoas adotam uma dieta mais saudável e se exercitam mais. Segundo a Dra Kuo, se telómeros mais longos realmente reduzem o risco de Alzheimer, é mais um motivo para as pessoas adotarem um estilo de vida saudável.

Fonte: Tupam Editores

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