PARKINSON

Parkinson: exercício regular pode diminuir risco nas mulheres

Praticar exercício físico regularmente como, por exemplo, andar de bicicleta, caminhar, fazer jardinagem ou limpezas e praticar desporto pode diminuir o risco de desenvolver a doença de Parkinson em mulheres, sugere um estudo publicado na revista científica Neurology.

Parkinson: exercício regular pode diminuir risco nas mulheres

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PARKINSON, O DESCONTROLE MOTOR


A investigação incluiu 95.354 participantes do sexo feminino, a maioria professoras, com idade média de 49 anos, que não tinham doença de Parkinson no início do estudo. As mulheres foram acompanhadas durante 30 anos, e nesse período 1.074 desenvolveram Parkinson.

Ao longo do estudo, foi pedido às participantes que preenchessem até seis questionários para responder a questões como: quanto andavam, quantos lances de escada subiam diariamente, quantas horas gastavam em atividades domésticas, e ainda quanto tempo gastavam em atividades recreativas moderadas, como jardinagem, e em atividades mais vigorosas, como desporto.

A cada uma das atividades os investigadores atribuíram uma pontuação com base no equivalente metabólico da tarefa (MET), uma forma de quantificar o gasto de energia. Para cada atividade, os METs foram multiplicados pela sua frequência e duração para obter uma pontuação de atividade física de METs-horas por semana.

Por exemplo, uma forma mais intensa de exercício, como andar de bicicleta, foi de seis METs, enquanto exercícios menos intensos, como a caminhada e fazer limpezas, foram de três METs. Inicialmente, o nível médio de atividade física das participantes era de 45 METs-horas por semana.

As participantes foram divididas em quatro grupos iguais de pouco mais de 24.000 pessoas cada. No início do estudo, os do grupo mais alto tinham uma pontuação média de atividade física de 71 METs-hora por semana, enquanto os do grupo mais baixo tinham uma pontuação média de 27.
Verificou-se que no grupo que fez mais exercício, houve 246 casos de doença de Parkinson, em comparação com 286 casos no grupo que realizou menos exercício.

Após ajustar para fatores como local de residência, idade da primeira menstruação, estado da menopausa e tabagismo, os investigadores descobriram que as mulheres no grupo de maior exercício tinham uma taxa 25% menor de desenvolver doença de Parkinson do que aquelas no grupo de menor exercício quando a atividade física era avaliada até 10 anos antes do diagnóstico. E essa associação manteve-se quando a atividade física foi avaliada até 15 ou 20 anos antes do diagnóstico.

Os resultados foram semelhantes após o ajuste para dieta ou condições médicas, como tensão alta, diabetes e doenças cardiovasculares

Segundo Alexis Elbaz, principal autor do estudo, a investigação permitiu descobrir que as participantes que se exercitam mais têm uma taxa menor de desenvolver a doença de Parkinson. Foi possível mostrar ainda que os primeiros sintomas da doença provavelmente não explicariam essas descobertas e, em vez disso, que o exercício é benéfico e pode ajudar a retardar ou prevenir esta patologia

Para os especialistas, as descobertas apoiam a criação de programas de exercícios para ajudar a diminuir o risco de Parkinson.

Fonte: Tupam Editores

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