Naquela que é a revisão mais abrangente até ao momento, foram analisados 97 estudos, 1.039 ensaios clínicos e 128.119 participantes, tendo ficado provado que a atividade física é extremamente benéfica para melhorar os sintomas de depressão, ansiedade e angústia.

Mais concretamente, a revisão mostrou que os benefícios se sentem, ao máximo, quando se faz exercício ao longo de 12 semanas ou menos. Os maiores benefícios foram observados entre pessoas com depressão, mulheres grávidas e com depressão pós-parto, indivíduos saudáveis e pessoas diagnosticadas com HIV ou com doença renal.

Segundo o autor principal da investigação, Ben Singh, apesar de ser evidente que a atividade física ajuda a melhorar a saúde mental, não foi adotada como tratamento de primeira escolha. Mas esta revisão, publicada no British Journal of Sports Medicine, mostra que as intervenções de atividade física podem reduzir significativamente os sintomas de depressão e ansiedade em todas as populações clínicas.

Os especialistas constataram ainda que todos os tipos de atividade física e exercício foram benéficos, incluindo exercícios aeróbicos, como caminhadas, treinos de resistência, pilates e ioga. Aliás, a investigação mostrou que não é preciso muito para o exercício produzir uma mudança positiva na saúde mental.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma em cada oito pessoas no mundo (970 milhões de pessoas) vive com um transtorno mental. Os investigadores esperam que este trabalho enfatize a necessidade de realizar atividade física, incluindo intervenções de exercícios estruturados, como uma abordagem essencial para controlar a depressão e a ansiedade.