ARTRITE

Consumo de álcool associado a menor atividade da doença na AR

Existe uma relação inversa entre o consumo de álcool e a atividade da doença em pessoas com artrite reumatoide (AR), apurou um estudo realizado por uma equipa de investigadores do Instituto Karolinska, em Estocolmo.

Consumo de álcool associado a menor atividade da doença na AR

DOENÇAS E TRATAMENTOS

ARTRITES - Viver sem dores articulares


No estudo, os especialistas analisaram a relação entre o consumo de álcool e a atividade da doença, a sua progressão e a qualidade de vida relacionada à saúde em 1.228 pacientes com AR recém-diagnosticada, do estudo Epidemiological Investigation of Rheumatoid Arthritis.
Foram recolhidas informações sobre fatores de estilo de vida e diferentes exposições através de um questionário padronizado, e foi pedido a todos os participantes que fornecessem amostras de sangue para análises genéticas e sorológicas.

Foi possível verificar que os participantes não bebedores no início do estudo tinham maior atividade da doença e estimaram que a sua dor era mais intensa do que os que bebiam. Além disso, os não bebedores referiam um número maior de articulações inchadas e sensíveis, mais dor e fadiga, pior saúde global e menor qualidade de vida num ano de acompanhamento.

No acompanhamento de um ano, aqueles que pararam de beber após o início do estudo referiram maior atividade da doença, mais dor e menor qualidade de vida em relação aos participantes que bebiam álcool. Não se observou diferença na atividade da doença no início do estudo entre os bebedores que continuaram e os que pararam de beber.

Segundo os investigadores, o consumo de álcool foi dose-dependente associado a menor atividade da doença e maior qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com AR.

A AR é uma doença crónica, inflamatória, auto-imune que se caracteriza pela inflamação das articulações e que pode conduzir à destruição do tecido articular e periarticular. A doença atinge três vezes mais mulheres do que homens. No sexo feminino surge, geralmente, entre os 30 e os 60 anos, sendo o seu pico de incidência na menopausa. No masculino, tende a revelar-se mais tarde, contudo, pode aparecer em qualquer idade.

Fonte: Tupam Editores

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS