Identificado alvo terapêutico para controlar hipertensão arterial
A hipertensão é um fator de risco modificável para as doenças cardíacas. Quase metade dos indivíduos com hipertensão ou outras condições que afetam a pressão arterial são incapazes de atingir o nível desejado de 120/80 mmHg. Uma compreensão mais ampla dos caminhos da doença, impulsionada pelas investigações genéticas, pode resultar em intervenções médicas mais eficazes.
Esta realidade significa que a doença afectaria uma em cada três pessoa e tem o sal e stress como principais causadores. Como fazer frente a estes números? Como inverter esta tendência?
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Uma equipa de cientistas de Yale descobriu um alvo potencial para o desenvolvimento de medicamentos anti-hipertensivos, mais precisamente, identificou um defeito genético que pode causar pressão alta ou hipertensão in vivo.
Usando dados de estudos de associação do genoma completo para hipertensão e ensaios de alto rendimento, os especialistas determinaram o papel do PRDM6 na regulação da pressão arterial.
Ao gerar diferentes modelos de ratinhos transgénicos, conseguiram mostrar que o gene PRDM6 desempenha um papel essencial na restrição do número de células produtoras de renina durante o desenvolvimento embrionário. A renina é uma enzima produzida no rim e, se elevada, pode causar hipertensão. O alisquireno, um inibidor da renina, foi capaz de normalizar a pressão sanguínea.
Segundo Arya Mani, para o estudo – publicado recentemente no The Journal of Clinical Investigation –, foi identificado o PRDM6 como o gene causal para um locus de associação em todo o genoma e foi estabelecida uma ligação entre a mutação do PRDM6 e o desenvolvimento de hipertensão in vivo.
Como o PRDM6 é um regulador epigenético, entender como ele provoca a doença pode fornecer informações sobre como os fatores ambientais podem influenciar a pressão arterial. A equipe de investigação vai continuar a estudar o papel de desenvolvimento do PRDM6 na regulação da pressão arterial.
A hipertensão arterial é a principal causa de doença cardiovascular e de morte prematura. A doença caracteriza-se por uma pressão sanguínea excessiva na parede das artérias que ocorre de forma continuada em estado de repouso. Está-se perante um caso de hipertensão arterial quando a pressão máxima é maior ou igual a 140 mmHg (14) ou a pressão mínima é maior ou igual 90 mmHg (9).
