DERMATOLOGIA

Cientistas testam nova maneira de tratar eczema

Investigadores do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt (VUMC), em Nashville, desenvolveram um novo medicamento experimental que silenciou genes que expressam citocinas, suprimiu a infiltração de células inflamatórias na pele e curou lesões de pele num modelo pré-clínico de dermatite atópica – eczema.

Cientistas testam nova maneira de tratar eczema

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O Eczema, a doença inflamatória cutânea recorrente mais comum, afeta cerca de 10% a 20% das crianças e 5% dos adultos em todo o mundo, com maior incidência entre os afro-americanos. Os sinais e sintomas incluem prurido intenso e erupção cutânea com lesões exsudativas e com crostas que podem infetar e atrapalhar o sono e as atividades diárias dos pacientes.

O tratamento para casos graves de eczema inclui medicamentos imunossupressores para controlar a inflamação, anticorpos monoclonais que neutralizam as proteínas inflamatórias chamadas citocinas ou os seus receptores e antibióticos para combater a infeção. No entanto, esses tratamentos não curam ou controlam totalmente o eczema, e alguns dos medicamentos podem causar efeitos colaterais significativos.

Em contrapartida, a substância peptídica desenvolvida pelos especialistas do VUMC silenciou os genes que expressam citocinas, suprimiu a infiltração da pele por células inflamatórias e curou lesões cutâneas, tudo sem toxicidade aparente, pelo menos no modelo animal.

Segundo Jacek Hawiger, principal investigador, o trabalho permitiu desvendar o mecanismo do eczema, demonstrando que se podem controlar pelo menos 15 genes responsáveis pela produção dos principais mediadores da inflamação da pele.

O medicamento tópico, que é aplicado diretamente na pele inflamada, está agora e ser testado num ensaio clínico multicêntrico em pacientes com eczema.
O estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

O eczema, também conhecido por dermatite atópica, caracteriza-se por inflamação, comichão, secura extrema ou vermelhidão na pele. Quanto mais se coçar a área afetada, maior a probabilidade de agentes irritantes como vírus, bactérias e poluentes entrarem na pele, o que agrava a comichão. Este é o ciclo vicioso do eczema que leva à frustração de muitos doentes.

Fonte: Tupam Editores

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