TRATAMENTO

Tratamento retarda doença neurodegenerativa em ratinhos

Cientistas da Universidade de Glasgow, na Escócia, descobriram um novo tratamento medicamentoso que pode retardar a progressão de doenças neurodegenerativas em ratinhos. A investigação inovadora vem oferecer nova esperança no combate a condições atualmente sem tratamento, como a doença de Alzheimer.

Tratamento retarda doença neurodegenerativa em ratinhos

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O estudo permitiu descobrir que usando um novo medicamento que ativa seletivamente uma proteína cerebral, denominada receptor M1, o tempo de vida dos ratinhos que sofrem da neurodegeneração pode ser alargado. O receptor M1 é uma proteína cerebral chave, envolvida na memória e aprendizagem nas pessoas, e é um importante alvo potencial para o tratamento das doenças neurodegenerativas.

Atualmente, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de doença neurodegenerativa, afetando mais de de 55 milhões de pessoas em todo o mundo. Característica da idade avançada, o seu aparecimento antes dos 60 anos é excecional.

O estudo demonstra quais as características da doença de Alzheimer humana, incluindo perda de memória e inflamação do cérebro, que poderiam ser tratadas em ratinhos quando receberam a nova droga, conhecida como modulador alostérico positivo (M1-PAM).

Atualmente, os tratamentos para a doença de Alzheimer visam apenas os sintomas, incluindo o comprometimento da memória. Apesar do esforço considerável de cientistas de todo o mundo, as tentativas de descobrir uma droga que possa interromper ou retardar a progressão da doença foram, até agora, infrutíferas.

Mas as descobertas inovadoras desta investigação destacam um potencial novo candidato a medicamento que pode alcançar esse objetivo, representando um passo substancial em direção a um potencial tratamento para esta terrível doença.

A descoberta notável, publicada recentemente na Science Signaling, aponta para a perspetiva de que o M1-PAM, que está a ser testado em pacientes com Alzheimer para perda de memória, também pode retardar a progressão geral da doença.

Para a Dra. Sophie Bradley, co-autora correspondente do artigo, este estudo vem dar mais suporte à justificativa para direcionar os receptores muscarínicos de acetilcolina M1 nas doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, e levanta a possibilidade de que esse alvo possa mediar efeitos modificadores da doença, além de melhorar os sintomas associados à mesma.

Fonte: Tupam Editores

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