ANTIVIRAIS

Sequência dos sintomas da varíola dos macacos

A Monkeypox ou varíola-dos-macacos entre nós, é uma doença infeciosa rara, causada por um vírus do género ortopoxvírus, que teve origem na África Ocidental e Central. Embora geralmente confinada a animais, como demostrado em surtos anteriores, também é transmissível aos humanos.

Sequência dos sintomas da varíola dos macacos

DOENÇAS E TRATAMENTOS

NOVOS VÍRUS, NOVAS PANDEMIAS? - Roteiros do medo


A doença é caraterizada por febre, gânglios linfáticos inchados e uma erupção cutânea generalizada, que causa habitualmente extensas lesões na face, nos membros superiores e inferiores ou na região ano-genital.

Identificada pela primeira vez pela ciência em 1958 em colónias de macacos utilizados em pesquisas, o primeiro caso registado em humanos ocorreu em 1970 durante os trabalhos que então decorriam para eliminar a varíola, na República Democrática do Congo.

Os sintomas iniciais da varíola-dos-macacos ocorrem normalmente numa sequência que passa por febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, fraqueza, gânglios linfáticos inchados e erupção ou lesões cutâneas. A erupção cutânea ou exantema, verifica-se geralmente entre três dias a um mês após o início do estado febril.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com um líquido claro ou amarelado, evoluindo posteriormente para crostas, que secam e caem naturalmente. O número de lesões por pessoa pode variar de raras a milhares, com a erupção cutânea a concentrar-se tendencialmente no rosto, palmas das mãos e plantas dos pés, podendo também espalhar-se pela boca, olhos e genitais.

Geralmente os sintomas da doença duram entre duas a quatro semanas e desaparecem sem tratamento. No entanto, se vier a aperceber-se de que teve contacto próximo com alguém infetado com varíola-dos-macacos confirmada ou com suspeita disso, procure de imediato a orientações de um profissional de saúde, bem como se achar que é portador de algum dos sintomas aqui mencionados

A doença foi declarada “emergência de saúde pública de alcance internacional” pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros A. Ghebreyesus, a 23 de julho de 2022, tendo na altura referido existirem mais de 16 mil casos relatados em 75 países, afirmando ainda que o risco global é relativamente moderado, com exceção da Europa onde é elevado.

Entretanto, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), recomendou alargar o uso de uma vacina, que já é usada em vários países contra a varíola, para combater a propagação da monkeypox.

Segundo os últimos dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgados pela OMS, Portugal totalizava 633 casos confirmados de infeção pelo vírus da varíola-dos-macacos até final de julho de 2022, sendo a região de Lisboa e Vale do Tejo a mais atingida, entre uma população maioritariamente masculina, no grupo etário entre 30 e 39 anos.

Para as pessoas expostas à varíola-dos-macacos, tomar a vacina imediatamente após a exposição pode diminuir o risco de desenvolver a doença. Embora os seus sintomas sejam vagos e se assemelhem com muitas das infecções respiratórias superiores mais comuns, há razões para prevenir e entrar em contato com um médico.

Fonte: Tupam Editores

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS