ANOREXIA

Deve haver outra abordagem para tratamento da anorexia nervosa

Cientistas australianas estudaram um grupo de mulheres que experienciaram anorexia nervosa durante mais de dez anos, mas que não reagiram bem aos tratamentos tradicionais. Num estudo publicado na revista Frontiers in Psychiatry, as investigadoras defendem uma nova abordagem no tratamento da condição.

Deve haver outra abordagem para tratamento da anorexia nervosa

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A investigação explora, de uma perspetiva antropológica, como as mulheres experienciaram a anorexia nervosa grave e duradoura como profundamente intrínseca, representando uma parte central da sua identidade e como esta acompanhou o seu desenvolvimento no mundo.

Connie Musolino, líder do estudo, afirma que tentar separar os aspetos de saúde mental da anorexia de uma pessoa das suas práticas alimentares e corporais diárias foi descrito pelos participantes como mais do que uma perda de identidade.
 
As autoras do estudo afirmam que este tratamento desmantelaria o seu sentido de estar no mundo, visto que a doença estrutura todos os aspetos da vida quotidiana dos doentes.
 
A investigação notou que tem havido apelos crescentes para abordagens de tratamento desta doença que enfatizam a melhoria da qualidade de vida da pessoa em vez de uma recuperação completa em termos médicos.
 
Musolino afirma ainda que estas descobertas realçam a razão pela qual a anorexia nervosa grave e duradoura se torna mais difícil de tratar e problemática na recuperação dos doentes.
 
As cientistas consideram que abordagens mais holísticas aos cuidados no campo dos distúrbios alimentares podem ser melhoradas através do reconhecimento da forma como as perturbações alimentares são vivenciadas inerentemente e não podem ser separadas das estruturas socioculturais que as influenciam.
 
Utilizar abordagens com base na qualidade de vida que funcionem com os pontos fortes e identidades dos doentes ajudará a desenvolver uma maior compreensão de como melhorar o bem-estar das pessoas com anorexia nervosa grave e duradoura, consideram as investigadoras.

Fonte: EurekAlert

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