As soluções de iodo são frequentemente usadas como desinfetantes na pele antes de procedimentos cirúrgicos ou outros procedimentos médicos. O iodo também é administrado internamente para procedimentos de imagem utilizados em bebés.

Os investigadores encontraram níveis mais elevados de iodo no sangue em bebés com hipotiroidismo congénito (perda parcial ou total da função da tiroide) que permaneceram nas UCIN. Todos esses bebés tiveram função tiroidiana normal quando foram admitidos nas UCIN.

Para o estudo, os investigadores compararam os níveis de iodo de mais de 900 crianças com hipotiroidismo congénito a mais de 900 crianças que não tinham a doença.

Entre as crianças avaliadas, 183 foram atendidas em UCIN. Destas, 114 tinham hipotiroidismo congénito e 69 não. Os autores descobriram que crianças com hipotiroidismo congénito eram mais propensas a estar numa UCIN do que aquelas sem a doença.

Quando analisaram apenas crianças que estavam na UCIN, os investigadores descobriram que aqueles com hipotiroidismo congénito tinham níveis mais elevados de iodo do que aqueles sem a doença.

Níveis mais altos de iodo em bebés com hipotiroidismo congénito e uma permanência na UTIN podem estar ligados à exposição ao iodo durante o tratamento, embora apenas tenha sido observada uma associação e o estudo não incluísse informações sobre os procedimentos médicos exatos dos bebés.

Os investigadores alertam as equipas da UCIN para não usar desinfetantes que contenham iodo e para evitar expor os bebés a essa substância, a menos que seja necessário, uma vez que os bebés prematuros absorvem o iodo mais rapidamente através da pele do que os mais velhos.

Para bebés com hipotiroidismo congénito, o tratamento com hormona tiroidiana deve começar dentro de quatro semanas após o nascimento ou pode ocorrer uma incapacidade intelectual permanente da criança.