Autoimunidade pode estar associada à doença de Parkinson
Um estudo publicado na revista Nature Communications revela que investigadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, analisaram de que forma é que a alfa-sinucleína está envolvida no progresso da doença de Parkinson.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
TERAPIA HORMONAL DE SUBSTITUIÇÃO: OPTAR OU NÃO, EIS A QUESTÃO
A THS continua a ser a melhor opção para aliviar, a curto prazo, os sintomas da menopausa para a maioria das mulheres. mas é sensato considerar outras opções... LER MAIS
Aglomerados de proteínas danificadas, com o nome de alfa-sinucleína, acumulam-se nas células cerebrais produtoras de dopamina em doentes com a doença de Parkinson. Estes aglomerados eventualmente causam morte cerebral, o que, por sua vez, promove sintomas motores e declínio cognitivo.
A alfa-sinucleína pode agir como um sinalizador para certas células T, o que faz com que estas ataquem por engano as células cerebrais, o que potencialmente contribui para o progresso da doença de Parkinson.
As novas descobertas mostraram a linha de tempo da reatividade das células T e o progresso da doença. Os investigadores analisaram amostras de sangue de vários grupos de doentes de Parkinson e compararam as suas células T a um grupo de pessoas saudáveis.
Observou-se que as células T que reagem à alfa-sinucleína são mais abundantes quando os doentes são diagnosticados com a doença. Estas células T tendem a desaparecer com o progresso da doença e poucos doentes ainda as têm dez anos após o diagnóstico.
Os investigadores também analisaram um doente de Parkinson que possuía amostras de sangue preservadas muito antes do seu diagnóstico. O estudo mostrou que as células T do doente reagiam à alfa-sinucleína dez anos antes de este ser diagnosticado com a doença de Parkinson.
Os autores do estudo esperam analisar mais doentes de Parkinson e acompanhar os casos durante períodos de tempo mais longos para entenderem melhor como é que a reatividade das células T alteram o progresso da doença.