Apesar de seguros, os antidepressivos apresentam efeitos secundários que incluem aumento de peso e disfunção sexual. Contudo, os estudos sobre a segurança destes fármacos apenas se baseiam em utilizações de curto prazo.
 
Os cientistas alertam para os riscos da utilização de antidepressivos durante vários anos, quando estes apenas deveriam ser tomados até o problema de saúde mental estar resolvido.
 
Geralmente, o paciente é colocado sob a medicação e é esquecido: “assim que a depressão ou ansiedade do doente estiver resolvida, o médico deve guiá-lo em direção à descontinuação, fornecendo tratamento não farmacológico que o ajude a manter a saúde mental”, explica a cientista.
 
As pessoas sentem-se mais seguras quando a sua ansiedade ou depressão é constantemente controlada por medicação. Contudo, estes fármacos alteram a mente e não foram idealizados para serem uma solução permanente, adverte a investigadora.
 
Neste sentido, este estudo recomenda que os doentes a tomarem estes fármacos há anos os deixem de tomar. Contudo, alerta que a descontinuação deve ser feita de forma progressiva devido aos sintomas de privação que estes doentes irão experienciar.
 
Os sintomas de privação/descontinuação associados passam por insónias, náuseas, sintomas semelhantes a gripe e perturbações sensoriais. A descontinuação de fármacos de primeira geração mais antigos pode ainda originar sintomas mais graves como agressividade, catatonia ou psicose.