Linfócitos B atuam em áreas do cérebro além da afetada num AVC
Os linfócitos B atuam noutras áreas do cérebro além da afetada pelo AVC, o que sugere danos desconhecidos até agora, revela um estudo de cientistas da Universidade Nova de Kentucky, nos Estados Unidos, publicado na revista PNAS.
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Os linfócitos B são um tipo de glóbulos brancos que produzem anticorpos e podem produzir neurotrofinas que regulam o crescimento dos neurónios.
Durante esta investigação, foi observado que os linfócitos B viajam para zonas remotas do cérebro responsáveis por gerar novas células neuronais e por regular as funções cognitivas e motoras.
O AVC ocorre quando uma artéria entope, podendo rebentar ou não. A zona afetada perde fornecimento de sangue, originando danos. Como resposta imunitária a estes danos, os linfócitos B acorrem ao local.
Contudo, descobriu-se nesta investigação que os mesmos também acorrem a áreas não afetadas pelo AVC. Ann Stowe, investigadora líder do estudo, alerta para a “ideia de que temos de olhar para outras áreas do cérebro quando estudamos o AVC”.
Com o objetivo de analisar este mecanismo, a equipa estudou ratinhos em pós-AVC e descobriu que os linfócitos B também se dirigiam para áreas responsáveis pela função motora e cognitiva, ajudando na sua recuperação. Os ratos sem linfócitos B revelavam uma reduzida recuperação destas áreas.
A descoberta poderá permitir descobrir mais sobre o processo inflamatório depois do AVC e sobre áreas afetadas para além da localização do acidente, originando novas terapias de auxílio à recuperação, considera a cientista.