VACINA

Vacina contra superbactéria fatal passa nos testes em animais

Cientistas produziram e testaram, em animais de laboratório, uma vacina que protege contra uma superbactéria preocupante: uma forma hipervirulenta da bactéria Klebsiella pneumoniae. A vitória contra a superbactéria foi conseguida manipulando geneticamente uma forma inofensiva de outra bactéria, a E. coli.

Vacina contra superbactéria fatal passa nos testes em animais

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A Klebsiella pneumoniae causa uma variedade de infeções, incluindo infeções raras, porém fatais, do fígado, trato respiratório, corrente sanguínea e outras. Pouco se sabe sobre como exatamente as pessoas são infetadas por elas, e as bactérias são extraordinariamente hábeis em adquirir resistência aos antibióticos.

A vacina, quando totalmente testada e desenvolvida, poderá oferecer uma forma de proteger as pessoas contra essas infeções letais e difíceis de prevenir e tratar.

“Durante muito tempo, a Klebsiella era principalmente um problema em ambiente hospitalar, portanto, embora a resistência aos medicamentos fosse um problema real no tratamento dessas infeções, o impacto sobre o público era limitado”, disse o investigador e médico David Rosen.

“Mas, agora, estamos a ver cepas de Klebsiella virulentas o suficiente para causar morte ou doença grave em pessoas saudáveis da comunidade. E, nos últimos cinco anos, microrganismos resistentes e virulentos começaram a fundir-se, então estamos a começar a ver cepas hipervirulentas resistentes a medicamentos”, explicou.

A vacina experimental tem como alvo a superfície externa da bactéria, que é revestida com açúcares. Assim, os pesquisadores projetaram um glicoconjugado composto por esses açúcares ligados a uma proteína que ajuda a tornar a vacina mais eficaz. Vacinas semelhantes têm-se mostrado altamente bem-sucedidas na proteção de pessoas contra meningite bacteriana e um tipo de pneumonia.

“As vacinas glicoconjugadas estão entre as mais eficazes, mas, tradicionalmente, envolvem síntese química, um procedimento lento e caro. Nós substituímos a química pela biologia manipulando geneticamente a E. coli para fazer toda a síntese necessária”, afirmou Christian Harding.

Os resultados foram tão promissores que a equipa da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, criou uma empresa para desenvolver a vacina, passando da escala de laboratório para a escala comercial.


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