Cientistas do Canadá examinaram as correlações entre os tempos de exposição a ecrãs e o comportamento pré-escolar usando dados do estudo Canadian Healthy Infant Longitudinal Development.

O tempo total de exposição a ecrãs por parte das crianças foi reportado pelos pais, inclusive em jogos e dispositivos móveis, e foi categorizado de acordo com os limites recomendados de duas horas/dia para crianças de cinco anos ou uma hora/dia para crianças até aos três anos. No total, foram avaliadas 2 322 crianças.

O tempo médio de exposição a ecrãs foi de 1,4 e 1,5 horas/dia para crianças de cinco e três anos, respetivamente. Os pesquisadores descobriram que as crianças que assistiram mais de duas horas/dia tiveram um aumento de 2,2 pontos na externalização do T-score, em comparação com crianças com menos de 30 minutos/dia.

Verificou-se também que estas crianças tinham cinco vezes mais probabilidade de relatar problemas de externalização clinicamente significativos e tinham 5,9 vezes mais probabilidade de relatar problemas de desatenção clinicamente significativos.

O risco de satisfazer os critérios para transtorno de défice de atenção/hiperatividade estava aumentado 7,7 vezes para crianças com mais de duas horas de tempo de exposição a ecrãs por dia. Nenhuma correlação significativa foi identificada entre exposição a ecrãs e comportamentos agressivos.

Estas descobertas indicam que a pré-escola pode ser um período crítico para apoiar pais e famílias na orientação sobre limitar o tempo de exposição a ecrãs e apoiar a atividade física.