Portugueses registam valor recorde de consumo de anti-histamínicos
O uso de medicamentos anti-histamínicos em Portugal continental aumentou entre 2010 e 2018, ano em que se registou um consumo de 6,3 milhões de embalagens, revela um estudo da Autoridade Nacional do Medicamento - Infarmed.
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O documento, divulgado no âmbito do Dia Mundial da Asma, revela que, em 2010, registou-se um consumo de 5,8 milhões de embalagens de anti-histamínicos. Um número que viria a descer para 5,6 milhões em 2011, subindo nos anos seguintes.
Em 2018, depois de uma pequena quebra, o consumo destes medicamentos subiu para 6,3 milhões de embalagens, correspondendo estes valores a 31 Doses Diárias Definidas (DDD) por cada mil habitantes por dia (DHD).
Quanto à avaliação da utilização e despesa com anti-histamínicos, os dados do Infarmed indicam que, no período de 2010 a 2013, houve uma diminuição da despesa total, mas, a partir de 2014, registou-se uma tendência de aumento, atingindo os 33,5 milhões de euros em 2018.
“O acréscimo nos últimos anos, de 2014 a 2018, pode ser explicado pela comparticipação de novos medicamentos (ex. Bilastina), pela maior utilização de DCI (Denominação Comum Internacional) já comparticipadas (Cetirizina e Ebastina), mas também, embora com menor expressão, pela utilização de anti-histamínicos não sujeitos a receita médica”, refere o documento.
Os dez anti-histamínicos mais consumidos representam 96 por cento do total das embalagens consumidas em 2018. A Desloratadina foi o anti-histamínico mais utilizado durante todo o período de análise, seguido da Bilastina e da Cetirizina.
A Bilastina foi comparticipada em 2013, tendo a sua entrada no mercado do Serviço Nacional de Saúde (SNS) resultado num rápido aumento do consumo deste medicamento.
“A utilização mensal de anti-histamínicos é uma análise relevante porque estes medicamentos são utilizados em patologias com alguma sazonalidade”, adianta o Infarmed, que registou maior consumo no outono e na primavera, resultado das grandes variações de temperatura e concentrações de pólenes e ácaros.
O distrito de Lisboa destaca-se por ser o que apresenta consumos mais elevados e o de Bragança com o menor consumo por cada mil habitantes por dia.