O estudo utilizou uma dieta saudável de inspiração mediterrânica que se concentrava no aumento do consumo de frutas, vegetais, proteína magra e grãos integrais, enquanto diminuía o consumo de hidratos de carbono, doces e alimentos altamente processados.

Para o estudo, os participantes foram autorizados a continuar os tratamentos para a depressão que estavam a fazer e que envolviam principalmente psicoterapia, medicamentos antidepressivos ou alguma combinação dos dois.

Isso garantiu que os investigadores pudessem determinar o benefício adicional da modificação da dieta, em vez de testar a dieta como uma intervenção primária.

O estudo envolveu 67 pacientes que sofriam de transtorno depressivo maior que variou de moderado a grave. Metade dos participantes foram agrupados aleatoriamente num grupo de modificação da dieta que recebeu sete sessões de aconselhamento nutricional personalizado e apoio motivacional que enfatizava escolhas alimentares mais saudáveis.

Os restantes participantes foram para um grupo de controlo que tinha apoio social dado por um assistente da pesquisa.

Os resultados mostraram que os participantes do grupo de modificação da dieta geralmente melhoraram os seus hábitos alimentares, o que, por sua vez, melhorou os sintomas da depressão.

Em termos de pontuação, a média da depressão caiu de 26 para 15 num período de 12 semanas para o primeiro grupo, enquanto o grupo de controlo caiu de 25 para apenas 20.

No final do estudo, cerca de um terço dos participantes no grupo de modificação da dieta foram classificados como “em remissão” dos seus sintomas de depressão, em comparação com apenas oito por cento no grupo de controlo.

Os sintomas de ansiedade também melhoraram com a modificação da dieta.