A ideia surgiu de um grupo de investigadores da Universidade Nacional de Singapura, que inicialmente teve a ideia de fermentar o okara para torná-lo mais palatável.

"Durante os meus estudos, trabalhei num projeto para examinar de que forma o leite de soja podia ser infundido em diferentes itens alimentares e percebi que uma quantidade enorme de okara estava a ser descartada. Ocorreu-me que a fermentação pode ser uma boa maneira de converter o okara indesejável em algo que é nutritivo e saboroso", disse a autora principal do estudo.

A cientista passou a experimentar várias leveduras, enzimas e bactérias probióticas para o processo de fermentação. A combinação que finalmente funcionou melhor incluiu a levedura Lindnera saturnus NCYC 22, a enzima Viscozyme L e a bactéria Lactobacillus paracasei L26.

Em conjunto, estes produziram uma bebida "frutada" e aparentemente saborosa, contendo um mínimo de mil milhões de probióticos vivos por porção, juntamente com altas quantidades de antioxidantes naturais que mantêm a saúde do coração e fornecem fibra alimentar e aminoácidos.

A bebida leva aproximadamente um dia e meio para ser produzida e pode durar até seis semanas sem refrigeração. Por outro lado, as bebidas probióticas típicas lácteas precisam de ser refrigeradas e, mesmo assim, têm uma vida útil de apenas quatro semanas. Além disso, não contêm antioxidantes.

Os investigadores estão agora a analisar diferentes enzimas e bactérias para refinar o processo, que eles patentearam e estão ansiosos para comercializar.